A recente inundação dos
subúrbios do Cidade do Rio de Janeiro, levou o prefeito Marcelo Crivella a
visitar a Baixada e não só aos bairros mais expostos às inundações. As
canalizações, segundo o prefeito, são afetadas pelo lixo que a população joga
no leito dos rios.
Falar de corda em casa de enforcado não
é um discurso adequado, eis que não é correto atribuir exclusivamente às
enchentes - que destróem as casas e inutilizam o mobiliário, inclusive os
fogões, as geladeiras e o que está dentro dos armários - a causa da destruição generalizada desses
bairros. Se houve um trabalho de
prevenção por parte do município - tanto no campo das obras para diminuir o
efeito das inundações, quanto na difusão de avisos para que os moradores se
abstenham de piorar ainda mais a situação, jogando lixo nos cursos d´água;
Segundo o prefeito, "as pessoas
gostam de morar ali perto dos talvegues
(linha mais baixa de um vale por onde escorre a água da chuva) para gastar menos tubo e colocar (matéria
fecal e urinária) e assim ficar livre daquilo. Essas áreas são muito
perigosas."
Após dizer isso, Crivella foi
atingido no rosto e na nuca por uma bola de lama jogada por um popular,
revoltado com o que ouvia.
Não há negar que parte da população
joga excrementos e lixo nos rios circundantes, mas esse tipo de discurso não
reflete de todo a realidade, porque não há esgotos suficientes, nem há
campanhas pelo município para motivar os moradores, de modo a que não joguem lixo
nos rios que cruzam a Baixada.
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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