Apoiadores do governo
Bolsonaro incentivam a vinda para o Brasil de organização de extrema direita americana
que busca desacreditar jornalistas, empresas de comunicação e os gigantes da
área tecnológica.
O
Projeto Veritas - que apóia o governo de Donald Trump - tem como método
principal criar situações para filmar e depois editar de forma seletiva
conversas informais de jornalistas e executivos sobre política e suas
empresas.
Nesse
sentido, um dos próceres da militância bolsonarista nas redes sociais, Allan
dos Santos, sócio do site Terça Livre,
se encontrou há oito dias com executivos do projeto, em Washington, durante o
evento Conservative Political Action Conference (CPAC). A aludida reunião congregou alguns dos
principais líderes da extrema direita no mundo, como o inglês Nigel Farage e o
espanhol Santiago Abascal, líder do partido Vox. Allan dos Santos expôs fotos
em perfil ao lado de tais senhores, tornando públicos seus contatos com a
equipe do Veritas.
Outro que apoiou trazer
as ações do Veritas para o Brasil foi
o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Defensor do projeto, o filho de Bolsonaro também afirmou que o
escopo "desmascarar " a
atuação de o que ele chama de "mídia esquerdista".
O
principal método do "projeto", segundo especialistas, é criar
armadilhas para jornalistas e executivos de plataformas da internet, a quem
acusam de censurar "conteúdo conservador". Recen-temente, o grupo
lançou campanha para que funcionários de meios de comunicação e empresas
como Facebook, Twitter e Google gravem de forma clandestina seus colegas para
denunciá-los.
Criado em 2010, o projeto Veritas
é próximo a Donald Trump - muitos de seus membros se identificam como
apoiadores do presidente americano, assim como Eduardo e Jair Bolsonaro. Apesar
dos esforços de O Estado em contactar
tanto o fundador do projeto, James O'Keefe, quanto o deputado federal Eduardo
Bolsonaro, não obteve êxito.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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