domingo, 29 de março de 2020

Nas favelas, morador passa fome


                                  

        Enquanto Governo e Congresso não se acertam como hão de proceder para que os trabalhadores venham a receber a ajuda de R$ 600 durante a pandemia,  carestia e a falta de alimentos já afetam em cheio as famílias de favelados.

          Barracos repletos de adultos e crianças que deixaram de ir à escola aonde recebiam a merenda - para estes jovens, a principal refeição do dia - são a nova realidade das favelas, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Na falta de água corrente, não se dispõe de itens básicos como papel higiênico, fraldas, sabão e detergente.
           Diante de tal situação, e no quadro de penúria e de falta de meios das precárias habitações das favelas, em desespero, muitos moradores já saem de seus casebres para ir atrás de parentes, amigos e entidades assistenciais, em busca de comida e da  ajuda possível.

           Nas comunidades, em diversos pontos, dadas as limitações extremas de tais lugares, em alguns pontos a sensação é de que não há sequer meios por falta de condições mínimas de isolamento para sequer viabilizar  a possibilidade da quarentena, conforme é requerido para a prevenção da epidemia.

              Com as escolas fechando por medidas de prevenção como a aludida quarentena,  e a dispensa do serviço determinada pelo patrão por uma quinzena, incham  gastos com alimentação  e gás de cozinha para a mãe solteira, pois os filhos, ao deixarem de comer a farta merenda na escola,  agora, o prato da noite precisa ser mais consistente.

( Fonte: Folha de S. Paulo ) 

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