Bolsonaro:
'o presidente sou eu'
Dizendo "O presidente sou
eu, pô!" - eis a reação de Bolsonaro, ao
ser questionado sobre a declaração do vice, Hamilton
Mourão, defendendo o isolamento social durante a pandemia do novo
coronavírus.
Fica
difícil entender se há algum aspecto de índole positiva na postura do presidente Bolsonaro fazer um
pronunciamento em rede nacional de rádio e tv, pregando a reabertura de escolas
e do comércio.
Qual
é a base de tal argumentação do presidente pregando em rede nacional de rádio e TV essa estulta e, mesmo,
criminosa reabertura de escolas e do comércio ? Para Bolsonaro, o Brasil não chegará ao
mesmo nível de contaminação e de mortes verificadas em países como os Estados
Unidos e Itália, porque (sic) os brasileiros possuem algum tipo de diferenciação. Contudo, para justificar o absurdo que disse
o presidente Bolsonaro não apresentou qualquer embasamento - seja ele médico ou
não - para justificar a enormidade daquilo que defende para ser adotado pela
comunidade social.
Menos de 24 horas após o presidente pronunciar em rede
nacional de rádio e TV pregando tal enormidade em termos de saúde pública, que foi
tentar desautorizar o pronunciamento do vice-presidente Hamilton Mourão - que
defendera nas ondas herzianas a posição de que a orientação do governo
brasileiro deve ser uma única, ou "uma só" nas palavras do vice Mourão - a da quarentena !
Só
para completar o embasamento da "tese" de Bolsonaro: o presidente disse que o Brasil não chegará
no mesmo nível de contaminação e morte verificado em países como Estados Unidos
e Itália, "porque os brasileiros possuem algum tipo de diferenciação."
Não apresentou, porém, qualquer embasamento para justificar a sua absurda
assertiva. E por falar em explicações estranhas, eis o complemento da tese presidencial: "Acho que não vai chegar
a esse ponto, até porque o brasileiro tem que ser estudado, (visto que) não
pega nada.Vê o cara pulando em esgoto, sai, mergulha e não acontece nada."
Não obstante, esse gênero de argumentação de Bolsonaro, menos
de 24 horas após o presidente fazer o pronunciamento acima citado, o
vice-presidente Hamilton Mourão reafirmou
que a posição do governo para combater o
coronavírus continuava sendo "uma só", a da quarentena.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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