sábado, 14 de março de 2020

Ascensão de Biden e coronavirus: alerta para Trump


          

     De repente, a atmosfera política mudou para Donald Trump.  Bye-bye para Bernie Sanders, radical esquerdista  que  há um mês surgira como o adversário ideal para  a campanha de reeleição do Presidente.
     Eis que a economia não mais dá sinais de força, sob o peso da investida da epidemia, e no campo democrata a candidatura de Joe Biden se reforça, logo ele um modera-do que atrai centristas, republicanos dissidentes e, por conseguinte, ameaça a anterior relativa tranquilidade eleitoral  de Trump.
        Os cenários políticos podem mudar de forma incisiva e abruptamente.  O comentário de Kevin DeWine dá idéia das súbitas transformações no panorama eleitoral :
                  
              "Se fosse  a Warren ou Bernie Sanders, e não houvesse coronavírus,                                                        acho que Trump poderia passar facilmente. Mas se é Biden, com                                                           investimentos caindo e um ambiente disruptivo por causa do coronavírus                                              acho que é uma história totalmente diferente."
          
         A par disso, a epidemia afeta a campanha de Trump em dois aspectos cruciais: Primo, os discursos que reuniam multidões e revigoravam o espírito de Trump foram cancelados. Secondo, outro problema para o esforço presidencial pela reeleição será interromper os eventos de arrecadação de fundos para a campanha. No fim desta semana, onde ele apareceria ao lado do magnata dos cassinos  Sheldon Adelson, o evento - e os consequentes fundos para a campanha - saíram do mapa.

           E, como se assinala, no meio dessa pandemia surge  Joe Biden. Antes, os republicanos não acreditavam que o vice-presidente de Barack Obama fosse um candidato realmente para valer, e apostavam no desempenho de Trump nos debates.  Mas a campanha democrata das primárias mostra também o antes apagado Biden passando como um rolo compressor pelas primárias do Partido de Roosevelt, inclusive em diversos estados havidos como chave, i.e., Michigan, Carolina do Norte e Virgínia.
        Como se tal não bastasse, em sete pesquisas nacionais diversas, divulgadas nessa última semana, Biden supera Trump: YouGov (45% a 41%), Ipsos (44% a 42%), Morning Consult (48% a 41%), Harris Poll (55% a 45%), Quinnipiac (52% a 41%), Rasmussen  (48% a 42%) e CNN (53% 43%).
            Nelas, a predominância de Biden sobre Trump vai de dois pontos (Ipsos)  até uma folgada vantagem de dez pontos (CNN e Harris Poll) e mesmo onze pontos de vantagem (Quinnipiac)  

( Fonte: O Estado de S. Paulo )      

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