De
repente, a atmosfera política mudou para Donald
Trump. Bye-bye para Bernie Sanders, radical
esquerdista que há um mês surgira como o adversário ideal
para a campanha de reeleição do
Presidente.
Eis
que a economia não mais dá sinais de força, sob o peso da investida da epidemia,
e no campo democrata a candidatura de Joe
Biden se reforça, logo ele um modera-do que atrai centristas, republicanos
dissidentes e, por conseguinte, ameaça a anterior relativa tranquilidade
eleitoral de Trump.
Os
cenários políticos podem mudar de forma incisiva e abruptamente. O comentário de Kevin DeWine dá idéia das
súbitas transformações no panorama eleitoral :
"Se fosse a Warren ou Bernie Sanders, e não houvesse coronavírus, acho
que Trump poderia passar facilmente. Mas se é Biden, com investimentos
caindo e um ambiente disruptivo por causa do coronavírus
acho
que é uma história totalmente diferente."
A
par disso, a epidemia afeta a campanha de Trump em dois aspectos cruciais: Primo, os discursos que reuniam
multidões e revigoravam o espírito de Trump foram cancelados. Secondo, outro problema para o esforço
presidencial pela reeleição será interromper os eventos de arrecadação de fundos para a campanha. No fim desta
semana, onde ele apareceria ao lado do magnata dos cassinos Sheldon Adelson, o evento - e os consequentes
fundos para a campanha - saíram do mapa.
E,
como se assinala, no meio dessa pandemia surge Joe Biden. Antes, os republicanos
não acreditavam que o vice-presidente de Barack Obama fosse um candidato realmente para valer, e apostavam no desempenho de Trump nos debates. Mas a campanha democrata das primárias mostra
também o antes apagado Biden passando como um rolo compressor pelas primárias
do Partido de Roosevelt, inclusive em diversos estados havidos como chave,
i.e., Michigan, Carolina do Norte e Virgínia.
Como
se tal não bastasse, em sete pesquisas nacionais diversas, divulgadas nessa
última semana, Biden supera Trump: YouGov (45% a 41%), Ipsos (44% a
42%), Morning Consult (48% a 41%), Harris Poll (55% a 45%), Quinnipiac (52% a
41%), Rasmussen (48% a 42%) e CNN (53%
43%).
(
Fonte: O Estado de S. Paulo
)
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