sábado, 7 de março de 2020

País está misturando Política com a polícia


                              
           O governador do Ceará, Camilo Santana (PT) - que manteve atitude elogiada em meios políticos, pela sua firmeza e o respeito da Lei,  - afirmou em entrevista ao Estado de S. Paulo que o País precisa discutir a"partidarização" das polícias militares. Segundo o governador, o motim dos agentes de segurança em seu Estado, foi um levante político e o caso cearense deve ser analisado sob uma ótica nacional.
          "O que vem acontecendo no Brasil é que se está misturando política partidária com a polícia. Militares que entram em partidos, que são candidatos, que sindicalizam candidatos, o que é proibido por lei.  Acho que um debate importante a se fazer é até que ponto essa partidarização da polícia tem prejudicado a qualidade e as ações de segurança no Brasil", declarou o governador.
          É de notar-se que a paralisação em tela durou treze dias e resultou em uma escala- da de violência no Estado - em fevereiro, foram registrados 456 homicídios, maior número desde 2013.
          Santana, outrossim, reconheceu a importância da atuação do governo federal."O que eu posso dizer é que eu fui atendido no que eu solicitei ao Governo Federal. Eu fui atendido quando solicitei uma GLO e fui atendido quando pedi a renovação, apesar de com um prazo menor  do que eu solicitei. Sempre mantive um contato com os ministros da Defesa, da Justiça e da secretaria da presidência. Foi uma cooperação de esforços", declarou.
            Se quanto às medidas adotadas pelo governo Santana não fez críticas, quando o assunto foram as declarações públicas de figuras ligadas ao Planalto - v.g., o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e do diretor da Força Nacional, Aguinaldo Oliveira - ambas vistas como simpáticas aos PMs, o governador Santana  marcou posição contrária:
             "Jamais trataria amotinados daquela forma. Fui muito preciso em relação a cumprir a legalidade. Greve, motim, está previsto no artigo 142 da Constituição, é proibido por lei, não é uma questão político-partidária, a questão é de seguir a Lei. Não tenho e nem teria o comportamento que eles tiveram."

( Fonte: O Estado de S. Paulo )




Nenhum comentário: