A campanha democrata se
iniciara com o favoritismo de Joe Biden (77)
Levou tempo, mas depois de muitas decepções nas primárias, surgiu afinal
a Carolina do Sul para que ressuscitasse o antigo favorito na corrida dos
candidatos democratas à nomination na
Convenção do Partido.
Para que a súbita recuperação de Biden se
materialize, o antigo vice de Obama carrega 64% do voto afro-americano nesta
primária, enquanto o front-runner
Bernie Sanders (78) coleta apenas 15%.
O desconforto da liderança
democrata com o senador do Vermont está na circunstância de que Sanders é, na
realidade, um independente que faz do Partido Democrata a sua base eventual nas
respectivas postulações para a presidência.
A chamada Super-terça, prevista
para depois de amanhã, dia 3 de março - em quinze estados, congrega as
respectivas votações - promete ser uma senhora divisora de águas, de que as
lideranças democratas esperam muito - talvez demasiado - em termos de decisão das
muitas candidaturas que restam em liça.
Se Biden vencer na Super-Terça, terá
o caminho desimpedido para a Convenção do Partido Democrata. Se vencerá nessa
Convenção, é outra estória.
As
interrogações até lá ficam por conta da atuação de adversários como Michael
Bloomberg, o ex-republicano prefeito de New York. É difícil que Bloomberg, o
ex-prefeito do GOP de New York, do stop and frisk - que visava a comunidade
afro-americana - logre vencer tal obstáculo. Se se pudesse lançar um
prognóstico, nesse instante do prélio só se consegue pronunciá-lo como wide-open, o que poderia ser traduzido
como quase-imprevisível.
É uma corrida, por ora, sem grandes favoritos. No entanto, com a sua vitória na Carolina do
Sul, Joe Biden volta à corrida
presidencial, a que seu comportamento anterior, sobretudo no que tange a Iowa e New
Hampshire, e até mesmo em Nevada - em
que fora distanciado por Bernie Sanders - não dava maiores
esperanças.
( fonte: Folha de S. Paulo )
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