segunda-feira, 9 de março de 2020

Epidemia do coronavirus na Itália


                 
         A Itália se tornou no domingo, 8 de março, o país depois da China mais afetado no mundo pelo Covid-19. Também lhe coube, depois da China, estar sob a maior quarentena fora da área relativa àquele país asiático.  São quase 1500 novos casos e mais 133 mortes em 24 horas, o que mostra a explosão dessa epidemia.  O sinistro registro aponta para 366 óbitos e 7.376 casos confirmados da Covid-19.
            O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte determinou a partir de ontem (oito de março)  o início de uma quarentena para a região da Lombardia e de outras catorze províncias do Centro e do Norte do país, incluindo Milano e Venezia.  Essa decisão administrativa  afeta a existência  de cerca de dezesseis milhões de pessoas, que precisarão de permissão  para deixarem essa região.
             Nesse sentido, estão doravante proibidos todos os eventos que reúnam muitas pessoas, como casamentos, funerais e shows.  Cinemas e teatros estão fechados, e os restaurantes e os bares estão submetidos a disposições que impedem aglomerações. Por ora, a alegria pública não é bem-vinda. O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesys elogiou as medidas "corajosas" tomadas pela Itália, chamando-as de "verdadeiros sacrifícios".
              "O governo e a população da Itália estão tomando medidas audaciosas e corajosas para conter a propagação do coronavirus e proteger seu país e o mundo. Fazem verdadeiros sacrifícios", declarou ele.
                Fora da China, tais medidas adotadas são as mais radicais e, em princípio, devem durar até o próximo dia três de abril.  As determinações de quarentena afetam um quarto da população e se concentram na parte do Norte, a mais rica do país.
                 "Queremos garantir a saúde de nossos cidadãos.Entendemos que essas medi-das vão impor sacrifícios, alguns pequenos, outros muito grandes", disse o Onorevole Conte,na manhã de ontem, domingo.
                   Antes de decretar a quarentena, o governo italiano havia decidido fechar todas as escolas e universidades do País. De início, a medida valeria até a metade de março corrente.
                     Como se verifica desde o início da epidemia, a Lombardia continua a ser a região mais atingida pela doença, com 4.189 casos e 267 óbitos. Em menos de 24 horas, dois políticos italianos foram diagnosticados com Covid-19: Nicola Zingaretti, governador do Lázio e líder do Partido Democrático; e Alberto Cirio, governador da região italiana do Piemonte.
                      O Itamaraty informou ontem que, segundo estimativas do Consulado-Geral do Brasil em Milão, de setenta a noventa mil brasileiros vivem nas regiões que estão sob a quarentena imposta pelo governo italiano.
                        Em nota, o Consulado pediu aos brasileiros residentes que "mantenham a calma neste momento difícil": "O Consulado-Geral em Milão dará todo o apoio e assistência ao seu alcance aos membros de nossa comunidade. Continuaremos em contato com as autoridades locais, e em Brasília, para avaliarmos a situação e buscarmos as melhores respostas. Atuamos em estreita coordenação com a Embaixada e o Consulado- Geral em Roma", diz a nota.
                          O Consulado reforça à comunidade brasileira para que continue a observar as medidas de precaução recomendadas pelas autoridades italianas. Informa também que está avaliando as condições em que poderá,  "em um contexto nitidamente restritivo , realizar o trabalho de atendimento ao público."

Rapido Avanço.

                       A Covid-19 já afetou cerca de 109 mil pessoas em todo o mundo, a maioria delas na China, onde pelo menos 3.097 morreram e 80.695 foram infectadas. O Irã anunciou ontem que mais 49 pessoas morreram em decorrência do novo coronavirus no país nas últimas 24 horas, Este  foi o maior número  registrado em um dia, desde que o primeiro caso se verificou, em 19 de fevereiro, segundo informou o respectivo Ministério da Saúde.  O Irã é o terceiro país em número de óbitos.
                         Na França, o governo proibiu eventos com mais de mil pessoas. Em 24 horas, o país registrou  336 novos casos, elevando para 1126 o número de pessoas com a doença,  que já matou dezenove franceses.

( Fonte: O Globo )

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