Papa Francisco nas Filipinas
Com o seu carisma, coragem e convicção, Papa Francisco
celebrou missa nas Filipinas,para
seis milhões de fiéis.
A atenção prestada pelo
Pontífice às dificuldades locais foi registrada pela população de um país em
que 25 milhões (um quarto do total) vivem na pobreza. Os baixos salários forçam
muitos filipinos às incertezas da imigração, em que a promessa de salários dignos
muita vez é escarnecida por esquemas em que os estrangeiros são defraudados,
experimentando servidões em que até os passaportes lhe são retirados.
O Papa Francisco, assim como o
seu distante exemplo, S. João XXIII, tem sido uma dádiva para uma Igreja, que
antes mais privilegiava os ricos e semelhava afastar-se do povo.
Assim como o Brasil, as
Filipinas são investidas por evangélicos, em que o zelo dos missionários, quando
se aproxima dos mais carentes, será muita vez com a perda
da mensagem de Igreja que se confunde com a nacionalidade, e que não é
patrimônio de poucos.
Glyzelle Palomar, menina de
doze, levada ao Pontífice, questionou a razão de Deus permitir tantos e
diversos males aos menores de idade: “Por que Deus permite que miséria,
prostituição e drogas aconteçam até mesmo para crianças inocentes? E por que há
tão poucos nos ajudando?”
Emocionado, e em lágrimas,
Papa Francisco disse não ter resposta para a pergunta.
“Só quando somos capazes de chorar nos
tornamos capazes de chegar perto de uma resposta à sua pergunta.”
Papa Francisco se disse
surpreso com a seleção de pessoas para lhe colocar perguntas. Das quatro
escolhidas, só uma era do sexo feminino.
“Há apenas uma pequena
representação feminina aqui, muito pequena. As mulheres têm muito a nos dizer
na sociedade atual. Às vezes, nós os homens, somos muito machistas. Não damos
espaço às mulheres, mas elas são capazes de ver as coisas por um ângulo
diferente do nosso. (...) As mulheres são capazes de fazer perguntas que nós,
os homens, não conseguimos entender.”
Papa Francisco reiterou ser
definitiva a proibição da Igreja Católica à ordenação de mulheres.
A Igreja de Cristo, que é mais
do que bimilenar, já teve muitas interdições e muitos anátemas de que o tempo e
a maior compreensão ajudaram a afastar. Papa João Paulo I, no seu pontificado
de pouco mais de trinta dias, já nos dissera em homilia que Deus também é
mulher. A sua mensagem do sorriso e da bondade, se efêmera na aparência, lançou
muitos dons joaninos que um dia hão de frutificar.
Por isso – e o próprio Papa Bom, João XXIII, hoje santificado,
no seu discurso ‘Gaudet Mater Ecclesia’
[1]
que é a solene oração de 11 de outubro de 1962, de abertura do Concílio
Vaticano II – dissera que a Santa Madre Igreja já lançara muitas
severas condenações, sobre as quais depois calaria, como o prenuncia o seu
pressago sermão.
Não há limites para a misericórdia de Deus. Os
próprios conclaves, com a sua fumaça branca podem trazer boas novas para o
imenso rebanho de Cristo. A expressão o inverno
na Igreja fora cunhada por grande teólogo, Karl Rahner S.J., surgido no pontificado joanino, e depois
entristecido por papas que não correspondiam aos aparentes reclamos do
catolicismo. Quem poderia, no entanto, esperar que do último conclave sairia um
Pontífice de que um dos primeiros pedidos fosse que a comunidade de fiéis por
ele rezasse? E que assim como Rahner,
pertenceria à ordem dos jesuítas, sendo o primeiro deles a integrar a série
iniciada por São Pedro?
A Refinaria Abreu Lima
Diversos partidos se
lançaram esfomeados sobre a presa daquela Refinaria, que, por artimanhas só
suscetíveis de atribuir ao demo, passava por obra de Santa Engracia, , que não
terminava nunca, tal o número de supostas melhorias e aperfeiçoamentos que os
diligentes construtores haviam por bem encomendar.
A ganância das empreiteiras
se reflete no espelho da elevação dos supostos custos de US$ 2,4 bilhões
para US$ 18,5 bilhões. Paulo Roberto
Costa, o Paulinho de Lula, ex-diretor da Petrobrás, e hoje em prisão
domiciliar, revelou na delação premiada que participou de esquema de corrupção
com a participação de vários fornecedores da estatal.
Além de Costa, dois outros
diretores foram presos: o ex-diretor de Engenharia Renato Duque, liberto por
providencial liminar do Ministro Teori Zavascki, e o ex-diretor internacional
(e põe internacional nisso) Nestor Cerveró, preso na semana passada, ao
retornar de viagem ao Reino Unido, com supostos fins escusos.
A Folha de S. Paulo noticiou
ontem que relatório de Comissão Interna da Petrobrás sobre a Abreu e Lima
concluiu que a dita refinaria acarretara prejuízo de US$ 3,2bilhões.
Caixa cria empresa paralela
Seguindo o ‘exemplo’ da Petrobrás, a Caixa Econômica
Federal, a grande gestora da Bolsa-Família, constituíu uma SPE (sociedade de
propósito específico), virou sócia da empresa criada e contratou sem licitação
o empreendimento feito para a prestação de serviços de tecnologia de informação
da ordem de R$ 1,2 bilhão, conforme processo que corre em sigilo no Tribunal de
Contas da União.
O contrato em apreço está suspenso
há dois anos em razão de medida cautelar no âmbito do processo, que viu
irregularidades no negócio.
No final de contas, a Caixa
estruturara um empreendimento privado que tem como sócia majoritária a IBM
Brasil, que é detentora da tecnologia de processamento de crédito imobiliário.
Pareceres do TCU apontaram ‘obscuridade’ dos critérios que levaram à escolha da
IBM Brasil como “real e final prestadora dos serviços que a Caixa pretende
contratar, em aparente ofensa ao princípio da impessoalidade”.
A CEF driblou a obrigação legal da
licitação. Ao escolher a subsidiária da IBM no Brasil, a empresa pública teria
agido “em aparente ofensa ao princípio da impessoalidade”.
Nesse sentido, Ministros do
tribunal vão valer-se desse contrato da CEF – assim como a construção da rede
de gasodutos Gasene, por meio de empresa paralela da Petrobrás, para colocar em
votação a inconstitucionalidade do modelo de SPEs.
O argumento básico a ser empregado
é que as ditas SPEs permitem dispensas
ilegais de licitação que não condizem com as regras estabelecidas para
estatais e empresas públicas. Essas sociedades (as SPEs) ensejam contratos
bilionários e muitas suspeitas de irregularidade. Elas não são exclusividade da
Petrobrás.
Veja-se, v.g., a notória Gasene.
Ela foi construída por uma ‘empresa de papel’, presidida por um laranja. As
obras foram superfaturadas em mais de 1.800%
em determinados trechos. O real controle do empreendimento coube à
Petrobrás, que hoje paga os financiamentos contratados junto ao BNDES. Para
sair do papel foram necessários repasses de R$ 4,5 bilhões.
( Fontes: O Globo; Enchiridion Vaticanum )
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