Contradições da Presidenta
Na república
sindicalista, a equipe de Dilma semelha nervosa. Nessa dança e contradança de
vantagens sindicais – sejam elas ultrapassadas ou não – preocupam o Planalto,
em que as Centrais são vistas com nervosa atenção.
Assim, tudo
leva a crer que a regra que amplia de seis
para dezoito meses o período mínimo de trabalho para concessão do benefício
está com os dias contados.
Os déficits
do Tesouro inchados pela generosa concessão de apenas meio-ano para já
qualificar-se para o seguro-desemprego só poderão ser compensados por outras
fontes, eis que exacerbou-se a dílmica sensibilidade para os eternos reclamos
dos companheiros sindicalistas.
Com a súbita alta de peso da turma sindical –
e a aparente rebeldia no Congresso, o regime parece com saudades das larguezas
do passado. Joaquim Levy – se puder – terá de inventar novas saídas para
exorcizar os déficits do anterior mandato.
Cenário da Inflação
Mais um
recorde negativo amealhado por dona Dilma. Enquanto de má-vontade vai pondo
areia na máquina recém-instalada na Fazenda para combater a carestia, as
projeções para a inflação, para variar, não são nada boas. A busca da verdade tarifária – ao invés dos
preços administrados no Reino da Fantasia do Dilma I – não será indolor para o
consumidor. Como pela razão acima é forte a expectativa de reajuste de tarifas
e preços antes controlados pelo Governo, teremos de conviver com projeções de
inflação para 2015 em níveis que não se deparavam desde o ano de 2003, quando Lula, com os atinentes temores do
mercado, assumira.
Nesses
termos, uma vez mais a meta vai estourar. Há quatro semanas atrás, os
economistas esperavam alta de 6,53%, praticamente no limite previsto de 6,50%
para o IPCA. Agora, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA)
chega a 6,99%, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Estaremos,
portanto, na prática nos 7,00% de inflação.
Processo contra Cerveró: Dilma entra e sai
O pretexto para o recuo, segundo o
advogado, terá partido do próprio acusado Cerveró. Há dúvidas, no entanto,
quanto às causas que motivaram a saída da Presidenta.
Segundo
especialistas, Dilma Rousseff teria a obrigação de depor, o que poderia,
inclusive, fazer por escrito, através de perguntas a serem submetidas pelo juiz
Sergio Moro. As partes formulariam as questões a serem respondidas.
Há quem
interprete a renúncia da defesa a entendimento entre o Planalto e o advogado
Edson Ribeiro. As partes, no entanto,
negam.
O
ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, também foi
arrolado como testemunha no processo e foi mantido na lista.
O advogado
de Cerveró listou mais as seguintes testemunhas: o ex-presidente da Petrobrás
José Carlos de Lucca e o atual presidente da Organização Nacional da Indústria
do Petróleo (Onip), Eloy Fernandez y Fernandez, entre outros. No lugar de
Dilma, entrou Ishiro Inagaki, um dos representantes das empresas de navios
sonda.
( Fontes: Folha de S.
Paulo, O Globo, Estado de S. Paulo )
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