Um recorde para envergonhar-nos
Com a temperatura média no
planeta em 14,6°C, o ano de 2014
superou 2010 como o ano mais quente desde 1880 ( quando se inicia o
levantamento das médias mais elevadas de temperatura). Como assinala a Folha, no ano passado, a região Sudeste
brasileira esteve 2°C mais quente do
que a média do século XX.
Não é à toa, portanto, que os moradores
do planeta – como os habitantes do Rio de Janeiro, por exemplo – sintam mais
forte a canícula, assim como apareçam pelos brasis fenômenos antes jamais
vistos nem sofridos, como os tornados,
apar de saraivadas de granizo e outras inclemências.
O bicho homem, infelizmente, não pode
culpar os céus, nem refugiar-se no cinismo dos negadores do aquecimento
climático. Conferências vêm e vão, como Copenhague
e a recentíssima Lima, e chefes de
governo, com a China à frente, prosseguem na sua especiosa tentativa de denegar
o óbvio, movidos por estranhas pulsões – egoísmo cego, irresponsáveis
postergações?
Por sua vez, depois de hesitações, Obama
tem envidado esforços, como na promessa de reduzir as emissões de gases de
efeito estufa em 20% . E, no entanto, os seus nacionais já sentem os reflexos
desta inação, seja nas inundações marinhas na costa leste estadunidense, na
explosão dos tornados no Centro-oeste. Em outras plagas, a atmosfera pode ser, por
vezes irrespirável, como para os
industriosos nacionais da aspirante à primeira potência econômica, nas
metrópoles da República Popular da China.
Enquanto isso, os irmãos Koch (os plutocratas do petróleo) subvencionam os
denegadores da crise climática, ao aumentarem os seus ganhos em indústrias que
empestam a atmosfera.
Mas não devemos demonizá-los, eis que não
estariam tão prósperos se não tivessem público tão vasto de néscios e
ignorantes. O egoísmo do homo sapiens - que, pelo visto, se lixa
dos pósteros - é o principal suspeito neste crime universal.
E não se esqueçam que não são apenas as
Maldivas que vão pagar o pato do aquecimento global, com a elevação do nível
oceânico. Muitos outros fenômenos virão – novos e velhos – para aumentar a
canasta dos sábios, e dos estudos durante e depois do desastre mundial.
Ao se completarem 70 anos da morte do
autor de Macunaíma, serão muitas as
homenagens a este gigante das letras no Brasil.
Entrando a sua obra no domínio público – quando não mais se pagam
direitos autorais para publicação – prevê-se ciclo de lançamentos que deverá
contribuir para conhecimento mais veraz e abrangente da personalidade e dos
escritos do grande escritor.
Sairá decerto uma biografia – até hoje
obstaculizada pelos herdeiros – intitulada
“Eu sou trezentos”, que é, na verdade, ensaio biográfico. Há aspectos
versados até hoje tabu, como a homossexualidade de Mario, e outros jamais
examinados, a exemplo de seu antissemitismo.
Nesse contexto, a 13ª Flip – Festa
Literária Internacional de Paraty, de 1º a 5 de julho – o homenageará.
Negligência do Conselho de Administração
?
Nestor Cerveró, ex-diretor
da área internacional da Petrobrás, depois de suas aparições na comissão pizza do Congresso sobre os escândalos
na estatal, reitera, agora, em parecer público, a responsabilização do Conselho de
Administração da Petrobrás, por haver autorizado a compra da refinaria de
Pasadena, em 2006.
Para Cerveró, de novo preso, o Conselho,
presidido na época por Dilma Rousseff, cometeu “grave falha” e foi
negligente. O prejuízo causado por tal
‘negligência’ é orçado em US$ 792
milhões.
Como se sabe, o então presidente da
Petrobrás, Sérgio Gabrielli, engrossa este coro, ao reafirmar a
responsabilidade de Dilma Rousseff, então Chefe da Casa Civil de Lula da Silva,
por exercer a presidência do Conselho de Administração da estatal.
Dilma, ainda enquanto Chefe da Casa
Civil, em despacho escrito à pergunta de repórter do Estadão, afirmara que o parecer técnico sobre a ruinosa operação
havia sido falho e insuficiente. Houve celeuma a respeito, mas a admissão
escrita de Dilma Rousseff não teve maiores consequências. Foi ela eximida de
qualquer responsabilidade pelo Tribunal de Contas da União.
( Fontes: Folha
de S. Paulo, O Globo )
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