Primeiro Arrastão da Temporada
Infelizmente,
certas coisas continuam a ser previsíveis no Rio de Janeiro. Como o primeiro
arrastão do calorão nas praias. O afluxo de banhistas em Ipanema e Leblon foi
grande e a turma pensava curtir o início da temporada praieira.
Sem embargo,
vieram outros trazidos pelos ônibus do subúrbio, e que ao invés dos antigos ‘farofeiros’
vinham com diversas intenções.
Como sempre, a
PM deu a impressão de acordar um pouco tarde. Será que a experiência pregressa
não serve para nada? Se o tempo colabora, a canícula esta aí para curtir nas
areias de Ipanema, por que diabos não
lhes passe pela cabeça de preparar um dispositivo daqueles dos grandes eventos,
como Copa do Mundo e similares, ou será que os cidadãos do Rio não merecem tal
serviço ?
E não me venham, por favor, com a cantilena,
de que, da próxima, reservarão dispositivo ‘ainda maior’...
Cardeal Arcebispo assaltado
Dom Orani, o
Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, tem a residência nas alturas de Santa
Teresa, no Sumaré. Por circunstâncias da
cidade grande, esse velho casarão já não está tão isolado. Há favelas nas
cercanias.
Bandidos
assaltaram a viatura do principal pastor carioca, e levaram anel e a cruz episcopal do sagrado ofício.
A notícia,
recém-saída, acrescenta que os meliantes devolveram as joias roubadas. Se ficaram com outros valores, não se sabe.
Mas o que fica
patente é que a insegurança está comendo solta.
O Escândalo da Censura
Pela inação do
Supremo Tribunal Federal – há palavra mais dura para isto – a censura,
apesar de inconstitucional, continua a ser aplicada por juízes através do país
afora. A Juíza Maria Marleide Maciel Queiroz, de Fortaleza, determinou que a
edição desta semana da revisto ‘IstoÉ’ seja impedida de circular em todo o país
e, caso já tenha sido distribuída, seja imediatamente recolhida das bancas.
A Magistrada
tomou a decisão depois do Governador do Ceará,
CID GOMES (PROS) ir à justiça, ao receber por e-mail o texto da
reportagem em que seu nome é citado como um dos delatados pelo
ex-diretor da Petrobrás Paulo
Roberto Costa.
Pela falta de
súmula vinculante, a censura judicial continua a ser aplicada pelos pretextos
os mais diversos. Passam os presidentes
da mais alta Corte de Justiça – e já são três desde que a censura ao Estadão
foi determinada pelo desembargador Dácio Vieira, de TJ de Brasília - e até
agora por falta de instruções específicas, dorme o processo contra Fernando
Sarney um sono profundo – que felizmente
não é o de Totònio Rodrigues, do poema Profundamente de Manuel Bandeira.
Até quando também
se perguntou o Cônsul Marco Túlio Cicero, no discurso famoso contra o conspirador
Catilina. Para sua honra lograria vencer a conjura, mas pagaria o alto preço do
iniquo exílio, obtido pelo Tribuno da Plebe Publius Clodius. Ao cabo, voltou e teve restituídos os bens, e a palavra
preservada no Senado. A história, no entanto, nas lutas intestinas que
terminaram com a República Romana, não acabaria bem para o grande tribuno.
Entrementes, na
Terra da Santa Cruz, a censura judicial impera. Resta a nós, mortais,
perguntarmo-nos Por quanto tempo o
Supremo vai dormitar sobre a ação que originaria a Súmula Vinculante, em
decisão relevante que ressuscitaria a vontade dos constituintes do CENSURA NUNCA
MAIS!
(Fontes: Folha de São
Paulo; Site de O Globo; Profundamente, de Manuel Bandeira; Discursos e correspondência de Marco Túlio Cícero)
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário