Lava-Jato: confissões de ex-diretor da
Petrobrás
Ainda segundo o delator, a vultosa soma
fora depositada em 12 contas na Suíça. Os 23 milhões de dólares, bloqueados nas
citadas doze contas, deverão ser repatriados ao Brasil, ao longo dos processos
abertos a partir da de descobertas da Lava-Jato. A investigação em tela abrange,
entre outros, as alegadas fraudes dos grupos de Paulo Costa e do doleiro
Alberto Youssef.
Por outro lado, Paulinho (como era chamado por altas autoridades) indicou haver
igualmente ganho US$ 1,5 milhão em propina, unicamente para não
atrapalhar o processo de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Assinale-se que a série de depoimentos
de Costa principiou em 29 de agosto e
findou na semana passada.
Os depoimentos foram criptografados e
enviados ao Ministro Teori Zavascki, que é o relator da Lava-Jato no Supremo. Na próxima semana, segundo se alvitra, o
Ministro Zavascki deverá decidir se abre ou não inquérito contra os parlamentares
acusados pelo ex-diretor. Consoante as revelações da revista Veja, há governadores e ex-governadores
igualmente envolvidos.
Num dos cem depoimentos que prestou,
Costa revelou que em alguns casos 3% dos lucros de cada contrato de empreiteiras
com a Petrobrás eram desviados para intermediadores dos negócios e até para
campanhas eleitorais.
Paulo
Roberto Costa foi diretor de Abastecimento da Petróleo Brasileiro S.A. de 2004 a 2012, nos mandatos, portanto, de
Lula da Silva e Dilma.
Youssef entra no Jogo
O doleiro Alberto Youssef, em primeira
conversa com investigadores, após fazer o acordo da delação premiada, confessou
haver feito caixa dois, movimentação
não-declarada de dinheiro para o PP (Partido
Progressista).
Dando indicação de estar disposto a
colaborar com a Justiça, Youssef, além dos nomes já delatados pelo ex-diretor
Paulo Roberto, reportou-se igualmente a políticos, aparentemente não mencionados
até agora no escândalo da Operação Lava-Jato, da Polícia
Federal.
Youssef denunciou fraudes e indicou
os supostos envolvidos na Petrobrás – e em outras áreas da Administração
Pública – ao ensejo de acertar as cláusulas do acordo de delação premiada
assinado com o Ministério Público Federal, nesta quarta-feira, 24 de setembro.
Os depoimentos do doleiro se
iniciarão na próxima segunda, dia 29 de
setembro. O doleiro se teria visto
forçado a participar do esquema da delação premiada, diante da postura de Paulo
Costa e de pelo menos quatro outros cúmplices. Dentre os colaboradores, estão a
contadora Meira Poza e o advogado Carlos Alberto Pereira, ex-administrador da
GFD Investimentos, uma das principais empresas de Alberto Youssef.
( Fontes:
O Globo, VEJA )
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