A Corte Europeia e o Google
Tal sentença não teve acolhida favorável seja pelo Google, que
considerou “o resultado é decepcionante”, seja pela junta editorial do New York Times. Esta última assim se
manifestou: ‘o desejo de deixar pessoas apagarem dados embaraçosos é
compreensível, mas a sentença da Corte Europeia pode solapar (undermine) as liberdades de imprensa e a liberdade de opinião’.
Equilibrar direito à privacidade e a atenção
aos perigos da censura pode ser tarefa complicada, com soluções diversas,
dependendo da base do raciocínio.
Apagar (ou proibir a divulgação de) dados verídicos, sob o pretexto do
resguardo da privacidade, é – como bem sabemos no Brasil – um sovado recurso
dos adeptos da censura, o que é, segundo a Constituição de 1988, no que
concerne ao Brasil, inconstitucional.
Mitch McConnell em apuros recorre à esposa.
O
Senador Mitch McConnell (Republicano-Kentucky) enfrenta acirrada luta
pela reeleição para o Senado. Atualmente, Mitch é o líder da minoria, mas teria
a possibilidade de virar líder da maioria, caso o GOP desbanque os democratas e o Senador Harry Reid
(Arizona-Dem) de sua atual liderança da maioria.
Mitch
McConnell é aquele senador que, durante o primeiro mandato de Barack Obama,
asseverou que o Partido Republicano deveria batalhar para que o presidente
entrasse para aquele grupo malsinado de chefes de estado que não logram a
reeleição e se tornam, por conseguinte, presidentes
de um único mandato. O exemplo clássico desse grupo é o do democrata James Buchanan,
o 15° presidente (1857-1861,e o imediato antecessor de Abraham Lincoln) que,
ainda por cima, é reputado entre os piores presidentes dos Estados Unidos.
McConnell na sua difícil disputa com a democrata Alison Grimes resolveu
apelar para a esposa Elaine Chao. Esta senhora, natural de Taiwan, e
naturalizada americana, fora nomeada por George Bush para Secretária do
Trabalho. Enérgica, com pavio curto, viria agora contrapor-se à contendora
Alison, que é popular e tem uma campanha com fundos alentados.
Felipão e o Fisco
Segundo noticia a Folha em chamada de primeira página, o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari está sendo investigado pelo fisco português e estadunidense por supostamente não haver declarado mais de sete milhões de euros (R$ 21,2 milhões ao cambio hodierno), quando de sua atuação como técnico da seleção de Portugal (de 2003 a 2008).
A
informação, divulgada ontem pela publicação holandesa ‘Het Financieele Dagblaat’,
se reporta à solicitação feita aos Estados Unidos pelo Departamento de
Investigação e Ação Penal (Diap) da Procuradoria-Geral de Portugal.
Contactado pelo órgão jornalístico, Felipão, através de sua assessoria
de imprensa, afirmou que sempre declara os seus rendimentos.
Greve de ônibus no Rio
Com
efeito, a paralisação em apreço deixou dois milhões de passageiros sem ônibus.
Os líderes do movimento - e que formam dissidência do sindicato da categoria
que não apoia a greve – se recusaram a cumprir a ordem judicial, malgrado a
pesada multa.
Estamos diante da clássica parada selvagem, que ontem conseguiu
prejudicar ainda mais a massa trabalhadora carioca. Apenas 18% da frota circulou, com 158
coletivos depredados. Dada a existência de normas claras a respeito da
ilegalidade do descumprimento da ordem, assim como quanto à vandalização dos
coletivos, é de perguntar-se se tais decisões judiciais e a individuação dos
responsáveis pelo ataque aos ônibus serão aplicadas efetivamente a quem afronta
a Justiça do Trabalho.
É bom
frisar que em menos de uma semana uma dissidência dos rodoviários logrou
infernizar a vida de milhões de pessoas, com incontáveis prejuízos para a
economia do estado e para os usuários atingidos.
Na sua
posse, bastante concorrida – compareceu a Presidenta Dilma Rousseff, assim como os pré-candidatos
Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O cerimonial
separou cadeiras no centro do plenário para os ex-presidentes Luiz Inacio Lula da Silva e José
Sarney. Lula da Silva, apesar de estar em Brasília, não deu o ar de sua
graça, ao contrário do veterano Sarney, que prestigiou a cerimônia.
Na
oportunidade, sob o olhar sorridente do Ministro
Ricardo Lewandowsky, a Presidenta cumprimentou
antes da cerimônia o novo empossado.
Em
declaração à radio CBN, Toffoli disse que a sua ligação com o Partido dos
Trabalhadores é “página virada”. Assinale-se
que o ministro Toffoli foi advogado do ex-presidente Lula da Silva nas
campanhas de 2002 e 2006, inclusive já havendo defendido o petista no tribunal.
Perguntado se isto lhe causa constrangimento, Sua Excelência declarou: “De
maneira nenhuma. Desde minha indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e
minha aprovação no Senado, eu virei a página. Eu hoje sou juiz, e meu
compromisso é com a Constituição”. Fim de citação.
(Fontes: Folha de S.
Paulo, The New York Times, O
Globo)
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