domingo, 26 de janeiro de 2020

Marielle e a Expansão das Milícias


                          
       As milícias tendem a ser uma criação das PMs estaduais, sendo formadas em grande parte por elementos reformados dessas formações pára-militares, o que dá uma triste ideia do nível do pessoal que as forma, e sobretudo das características da agremiação que tanto contribui para esse ramo não-declarado dos PMs reformados.
           Há algo de muito errado nisso, eis que se deveria propiciar aos PMs - desde que honestos e bem-formados - um ambiente suscetível para que continuem a serem úteis à sociedade nacional, o que, segundo informa o Estadão, não estaria acontecendo, dada a expansão de milícias por 23 estados.
            Como assinala o Estadão em primeira página, a interferência das milícias no sistema político carioca e o risco de sua expansão em atuação de grupo pára-militares no restante do país preocupam as autoridades e estudiosos da questão.
             Mormente nas eleições municipais de 2020 do Rio de Janeiro, o tema estará bastante presente, máxime na disputa pela capital fluminense, onde as milícias atuam desde os anos oitenta!
               A Polícia Federal passou a monitorar a ação de milícias e facções criminosas no processo eleitoral e, nesse contexto, identificou riscos em dezoito (!) estados. O fóco principal está  no financiamento ilegal de partidos e candidaturas de criminosos. 
                Como referido acima, os registros da atuação de milicianos se espalha por todo o país. Na maioria , o perfil predominante  é de grupos de extermínio e segurança privada forçada (!).

               O caso da vereadora Marielle e de seu chófer Anderson Gomes, fuzilados no ano passado por milicianos, no centro do Rio de Janeiro, configura um crime com esbanjamento de tecnologia e que até hoje afronta à consciência da População brasileira, da Lei e da expectativa de punição dos mandantes, diante do tempo já transcorrido. Essa ignomínia tarda demasiado em colher a merecida prisão e punição dos culpados.  Pelo seu peso e gravidade, ela está por exigir a intervenção do Estado e de seu representante mais qualificado, que é o Ministro Moro, da Justiça e da Segurança Pública, sendo inadmissível que os assassinos de Marielle e Anderson continuem ao largo, o que dá, decerto erroneamente, a impressão para muitos de que aqui em Pindorama os protegidos de poderosos estariam ao largo do braço forte da Lei .

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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