domingo, 2 de junho de 2019

Um róseo futuro para os ultraortodoxos ?


                    
      A relevância dos ultraortodoxos pesou mais na balança para Avigdor Liberman do que a perspectiva de trabalhar com Bibi Netanyahu.  Ele está mais à direita do que Bibi.  Se tem apenas cinco cadeiras, os ultraortodoxos tem dezesseis. A base do partido de Liberman são os russos, que migraram, ao ensejo do colapso da URSS, para Israel. Mas essa migração já terminou.

       Como assinala Gurovitz, o eleitorado ultraortodoxo é o mais confiável e uniforme da direita. Não para de crescer. Assim, em 2016 representou 11% da população, e segundo as projeções demográficas, em 2039  serão 19%.
         Ao ensejo da reviravolta de Liberman, a reação do Likud e de seu líder Netanyahu se alimentara nas vinhas do ódio. Em termos de política, não se afigura como a melhor das nutrições.  Tende a toldar a mente, e faz perder a necessária frieza.
           Não é o fígado que comanda as posições políticas. Por vezes, submeter-se às paixões será incorrer em riscos maiores. Valerá a pena?

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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