terça-feira, 1 de julho de 2014

Correio da Copa (XVII)


                                           

      Dos jogos de ontem, já me ocupei de  Alemanha x Argélia, que terminou em 2x1, após a prorrogação (quando foram feitos os gols, o primeiro contra, de zagueiro argelino, e não do alemão Müller).  Com o desânimo argelino, veio o segundo de Özil, da RFA. A Argélia não passaria, no entanto, em branco, com gol de Djabou, já nos descontos da prorrogação.

      Não concordo, contudo, com a observação de que Löw preparara os alemães para a resistência argelina.  Isso é estória da Carochinha, preparada ex-post para tentar preservar a postura alemã de controle emocional. Ver a expressão dos jogadores germânicos e a sua confusão tática diante dos seguidos contra-ataques dos verdes, assim como da neutralização dos respectivos ataques pela marcação maciça do time adversário,  é prova mais do que conclusiva de que foram surpreendidos pela postura agressiva (mas leal) do time da Argélia. O próprio goleiro Neuer saíu várias vezes – e não da pequena área, mas da grande área – para com a cabeça ou os pés afastar bolas que o pandemônio de seus companheiros defensores permitia se aproximassem perigosamente da cidadela teutônica. Esse tipo de defesa in extremis não é recurso exatamente de  equipe que tenha os movimentos do adversário sob controle...

      Para a decantada reação – que só se concretizaria nos quinze minutos finais – a sorte (que não tem partido) favoreceu a Alemanha, com um gol contra (na escola de Marcelo). E se fizeram mais um, a paura aumentou com o gol de Djabou que estufou a rede pela violência do chute e, mais do que isto, mostrou que a decantada vitória teutônica esteve por um fio.

     Quanto ao jogo entre França e Nigéria, esta prevaleceu no primeiro tempo, mas a França marcou no final do segundo. E, com a confusão decorrente, fez outro gol.

      Espantou a violência do time francês. O juiz americano, Mark Geiger, deixou correr. O volante Onazi sofreu mais de uma agressão. A segunda, a nove minutos do segundo tempo, foi tão forte, que o jogador teve de ser substituído. Econômico em termos de cartões, o juiz aplicou no caso um amarelo, quando era óbvio caso de vermelho, dada a deslealdade e a violência do pontapé do francês Matuidi.

 

( Fonte:  O Globo )

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