Dos jogos de
ontem, já me ocupei de Alemanha x
Argélia, que terminou em 2x1, após a prorrogação (quando foram feitos os gols,
o primeiro contra, de zagueiro argelino, e não do alemão Müller). Com o desânimo argelino, veio o segundo de Özil,
da RFA. A Argélia não passaria, no entanto, em branco, com gol de Djabou, já
nos descontos da prorrogação.
Não concordo, contudo, com a
observação de que Löw preparara os
alemães para a resistência argelina. Isso
é estória da Carochinha, preparada ex-post para tentar preservar a postura
alemã de controle emocional. Ver a expressão dos jogadores germânicos e a sua
confusão tática diante dos seguidos contra-ataques dos verdes, assim como da
neutralização dos respectivos ataques pela marcação maciça do time
adversário, é prova mais do que conclusiva
de que foram surpreendidos pela postura agressiva (mas leal) do time da
Argélia. O próprio goleiro Neuer saíu várias vezes – e não da pequena área, mas da grande área – para com a cabeça
ou os pés afastar bolas que o pandemônio de seus companheiros defensores
permitia se aproximassem perigosamente da cidadela teutônica. Esse tipo de
defesa in extremis não é recurso exatamente de equipe que tenha os
movimentos do adversário sob controle...
Para
a decantada reação – que só se concretizaria nos quinze minutos finais – a sorte
(que não tem partido) favoreceu a Alemanha, com um gol contra (na escola de
Marcelo). E se fizeram mais um, a paura aumentou
com o gol de Djabou que estufou a rede pela violência do chute e, mais do que
isto, mostrou que a decantada vitória teutônica esteve por um fio.
Quanto ao jogo
entre França e Nigéria, esta prevaleceu no primeiro tempo, mas a França marcou
no final do segundo. E, com a confusão decorrente, fez outro gol.
Espantou a
violência do time francês. O juiz americano, Mark Geiger, deixou correr. O
volante Onazi sofreu mais de uma agressão. A segunda, a nove minutos do segundo
tempo, foi tão forte, que o jogador teve de ser substituído. Econômico em
termos de cartões, o juiz aplicou no caso um amarelo, quando era óbvio caso de
vermelho, dada a deslealdade e a violência do pontapé do francês Matuidi.
( Fonte: O Globo )
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