Ontem, se completou o quadro para a final da Copa. A
segunda semi-final, Holanda x Argentina
terminou zero a zero no tempo regulamentar. Os laranja tiveram mais técnica,
mas nem van Persie reeditou a antológica cabeçada no jogo contra a Espanha, nem
Robben mostrou a sua destreza como atacante.
Será que essa seleção, por algum ignoto motivo, deva sempre morrer na
praia?
Nos pênaltis, tampouco o técnico
holandês mostrou a carta que os faria sobrepujar a corajosa Costa Rica e o
temível goleiro Keylor Navas (o melhor da Copa). Gastou as substituições e
assim não pôde fazer entrar Krul para as defesas salvadoras, ou atendeu ao
pedido do goleiro titular? Pouco
importa, pois os holandeses perderam bisonhamente a disputa.
O que muitos sequer vaticinavam,
ocorreu: a Argentina, passados 24 anos volta a disputar a final.
A Alemanha se diz confiante. O
retrospecto mostra empate nessas partidas decisivas. Como será no domingo,
sessenta e quatro anos depois da incrível derrota que sofremos nos pés de
Ghiggia? Eu que assistira com meu tio o primeiro tempo Brasil 2 x Iugoslávia 0
(e o gol de sem-pulo de Ademir), não ganhei entrada para a final daquela jornada.
Pelo rádio, como muitos outros, fiquei contente com o gol de Friaça aos 5 do 2°
tempo, um pouco inquieto com o empate de Schiaffino, aos dezesseis, e com uma
reserva não diversa a de muitos outros brasileiros mais crescidos do que eu,
com o chute chocho de Ghiggia que o
nosso Barbosa aceitou.
Agora, depois de tudo estar preparado
para o festival com a opulência encomendada por Lula da Silva, e com a
canhestra participação de sua criatura, Dilma Rousseff - embora ouse suspeitar que não era essa a
final prevista pelos gênios petistas -
me pergunto se deva assistir a esse jogo de consolação – o dos
perdedores – neste sábado do por ora desmoralizado escrete canarinho contra a
Holanda – que está pior do que nós, pois sequer consegue arrebatar uma
Copa, sendo freguêsa de caderno em todas
as finais de que participou, até mesmo
na mais duvidosa de todas, aquela da Argentina na sua própria casa, em plena
ditadura militar.
(Fontes: O Globo, Rede Globo,
Folha de S. Paulo)
Nota: Prefiro não acreditar na
‘explicação’ do ‘apagão dos dez minutos’ que corre na Internet. O que é talvez
mais triste ainda é que os tempos estão tão bicudos, que mesmo denúncias
mirabolantes de tal jaez possam ter curso no espaço cibernético.
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