Conflito árabo-israelense
Após a entrada de forças militares do
Tsahal em Gaza, tem crescido o número de soldados israelenses mortos (em geral,
vítimas de emboscada).
A operação de Israel se volta, entre outros objetivos, para a
destruição dos túneis entre Gaza e Israel. É luta desigual, e Tel Aviv se
empenha em destruir o maior número das bases do enclave inimigo, antes que a
pressão internacional force o governo israelense a assentir a mais uma trégua
no conflito entre os dois países inimigos.
É uma conflagração em que a maior
perdedora é a comunidade civil palestina, que vê as suas residências e
edifícios destruidos – além da infra-estrutura citadina. Nela se confrontam o
Hamas, que é havido como terrorista por Tel-Aviv, e Israel.
Assistindo à parte, está a Entidade
palestina, com sede em Ramallah, e sob a iderança de Mahmoud Abbas.
Esse confronto se eterniza por muitas
razões. Talvez a principal delas esteja na circunstância de que as resoluções
das Nações Unidas não são cumpridas por Israel. Elas determinam a devolução à
comunidade palestina das terras anexadas ilegalmente ao cabo da chamada guerra
dos seis dias. Também contribui para
esse estado de coisas, a sistemática perda pelos palestinos de suas terras em
Jerusalém oriental, e o caráter parcial da Justiça de Tel-Aviv, que favorece
regularmente aos assentamentos ilegais dos chamados ‘colonos’, cuja implantação
na terra cultivada por palestinos é incentivada pelos partidos no Knesset e até
pela Justiça do estado hebreu.
Enquanto a injustiça e o desapossamento
da comunidade palestina continuar a paz será sempre frágil e artificial. E crescerão as associações armadas -
consideradas terroristas por Tel Aviv – de que a injustiça prevalente é a causa precípua de sua existência.
Assim, a verdadeira paz no que tange à
antiga Palestina só surgirá quando os direitos de ambas as partes – e, no caso,
ressalta o da mais fraca, a palestina – forem respeitados. Muitos acordos, como v.g. os de Oslo, não foram cumpridos, e a distribuição das
responsabilidades não está apenas no que tange a Israel e às entidades
palestinas, mas também à comunidade internacional, com especial menção aos
Estados Unidos. A sua relação com Israel, de que tinha o suposto controle até a
década de setenta do século passado, sofreu uma involução, eis que o estado
clientelar de Israel é que tem, no frigir dos ovos, a inaudita preponderância,
por uma série de considerações políticas que configuram processo – que não é inédito – mas que sempre
há de provocar espécie, pelo aparente enorme desequilíbrio de forças que o configura.
A estranha recessão do Brasil
Quase sem o saber, e sem causas traumáticas externas, o Brasil é havido em virtual recessão. A avaliação se funda na circunstância de que
o PIB já tenha caído no segundo trimestre, e deva sofrer nova retração entre
julho e setembro. Duas quedas trimestrais seguidas, o que configura, portanto,
a recessão.
Sem nenhuma crise externa como
fautor, a perplexidade não deixa de ser grande.
Tudo somado, cresceremos, apenas 0,97%, em 2014. o que é muito pouco.
A equipe econômica já trabalha,
portanto, com a forte possibilidade de que o Produto Interno Bruto (PIB)
registre resultados negativos no segundo e terceiro trimestres.
Por sua vez, o mercado financeiro
está cada vez mais pessimista. A pesquisa semanal Focus, realizada pelo Banco
Central junto às principais instituições do país, mostra que a projeção para o
crescimento do PIB em 2014 caíu pela oitava semana seguida, passando de 1,05%
para 0,97%.
Assinale-se, por oportuno, que em
julho de 2013 o mercado trabalhava com a previsão de alta de 2,6% para 2014. Se o resultado se confirmar, será
o pior resultado desde a crise financeira global.
Há quatro fatores principais para
criar tal cenário desfavorável que coincidirá com as eleições presidenciais e
legislativas: (a) a alta dos juros
iniciada em 2011 para segurar a inflação (provocada pela irresponsabilidade do
governo Dilma Rousseff) derrubou a economia; (b) não há mais tempo para uma reação, mesmo tendo presente que o
Banco Central encerre o ciclo de aumento da taxa Selic; (c) agravou o cenário o maior endividamento das famílias; (d) não por último, a preocupação dos
brasileiros com a carestia, que leva a maior cautela nos gastos, e, portanto,
desestimula o crescimento na atividade econômica.
Essa recessão, estourando justamente
no período eleitoral, não é o cenário dos sonhos de Dilma Rousseff e do PT.
Constitui, no entanto, a consequência natural de sua condução da economia.
(Fontes: O Globo, Folha de S. Paulo)
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