Para Dilma, Copa foi um sucesso
A presidenta reuniu
dezesseis ministros – entre os quais Mercadante (Casa Civil) e Cardozo (Justiça)
– para passar a alegre imagem de que a Copa do Mundo foi um sucesso para o
Brasil.
Humilhação da seleção de Filipão à
parte, de acordo com o Planalto, a Copa foi um êxito de organização. Dilma
Rousseff não se pejou de enaltecer os preparativos e a organização da Copa,
além de criticar a imprensa e a oposição.
Exultante com a preparação da Copa,
Dilma julgou oportuno realizar a maior entrevista coletiva em três anos e meio
de governo. Também falou antes e depois dos ministros, mas alegou não ter tempo
para responder às perguntas dos jornalistas, sob o pretexto de que tinha de
viajar para o encontro dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza.
A oposição, por meio dos integrantes à
campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência disse que “é campanha eleitoral
desabrida. É a famosa propaganda enganosa, usando máquina estatal (a NBR, tevê
oficial). Querem salvar a imagem do governo dela, empanar as vaias. Mas a
avaliação do governo Dilma é feita pela manifestação nos estádios”.
Apesar do oba-oba oficialista, é difícil
deletar as vaias no Maracanã e no Itaquerão, que voltaram a mostrar a amplitude da rejeição ao Governo
Dilma Rousseff.
Dúvidas quanto ao Banco dos BRICS
A reunião de hoje em Fortaleza tem o encargo de
decidir sobre a presidência e a localização da sede do Banco de Desenvolvimento.
Para esse instituto dos Emergentes, que se propõe financiar os projetos de
infraestrutura dessas nações, há muitas dúvidas sobre os dois tópicos
principais: onde será a sua sede e de que nacionalidade será o presidente.
Até o domingo passado, estava
praticamente acertado que Xangai, na República Popular da China, sediaria o
banco, e que a presidência caberia a um brasileiro.
Há uma certa lógica em que a
China, com a sua condição de segunda potência econômica mundial, tenha a sede
do Banco em Xangai. A seguinte nação com maiores reservas em divisas é o Brasil, e, por conseguinte, a ordem natural das coisas dispõe que a nosso
país caberá indicar o presidente da instituição. No entanto, no entretempo, Índia, Rússia e África do Sul
– que vinham pleiteando a sede – passaram a reivindicar a presidência, que, nesse caso, constituiria um verdadeiro prêmio de consolação.
Hoje deverá ser decidida a
questão em Fortaleza. Como é manifesto, por força de nossa condição econômico-financeira,
cabe ao Brasil indicar o presidente. Neste campo, são os saldos efetivos e as
respectivas condições financeiras que determinam o localização da sede e da
vantagem quanto à seguinte posição de maior importância.
Qualquer outra solução não
deixaria de refletir o relativo malogro dos negociadores brasileiros.
( Fonte: O Globo )
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