terça-feira, 15 de julho de 2014

Notícias direto do Front


                              

Para Dilma, Copa foi um sucesso

 
        A presidenta reuniu dezesseis ministros – entre os quais Mercadante (Casa Civil) e Cardozo (Justiça) – para passar a alegre imagem de que a Copa do Mundo foi um sucesso para o Brasil.

        Humilhação da seleção de Filipão à parte, de acordo com o Planalto, a Copa foi um êxito de organização. Dilma Rousseff não se pejou de enaltecer os preparativos e a organização da Copa, além de criticar a imprensa e a oposição.

        Exultante com a preparação da Copa, Dilma julgou oportuno realizar a maior entrevista coletiva em três anos e meio de governo. Também falou antes e depois dos ministros, mas alegou não ter tempo para responder às perguntas dos jornalistas, sob o pretexto de que tinha de viajar para o encontro dos Brics (Brasil, Rússia,  Índia, China e África do Sul) em Fortaleza.

         A oposição, por meio dos integrantes à campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência disse que “é campanha eleitoral desabrida. É a famosa propaganda enganosa, usando máquina estatal (a NBR, tevê oficial). Querem salvar a imagem do governo dela, empanar as vaias. Mas a avaliação do governo Dilma é feita pela manifestação nos estádios”.

         Apesar do oba-oba oficialista, é difícil deletar as vaias no Maracanã e no Itaquerão, que voltaram a mostrar a amplitude da rejeição ao Governo Dilma Rousseff.

 

Dúvidas quanto ao Banco dos BRICS

 
            A reunião de hoje em Fortaleza tem o encargo de decidir sobre a presidência e a localização da sede do Banco de Desenvolvimento. Para esse instituto dos Emergentes, que se propõe financiar os projetos de infraestrutura dessas nações, há muitas dúvidas sobre os dois tópicos principais: onde será a sua sede e de que nacionalidade será o presidente.

             Até o domingo passado, estava praticamente acertado que Xangai, na República Popular da China, sediaria o banco, e que a presidência caberia a um brasileiro.

                Há uma certa lógica em que a China, com a sua condição de segunda potência econômica mundial, tenha a sede do Banco em Xangai. A seguinte nação com maiores reservas em divisas é o Brasil, e, por conseguinte, a ordem natural das coisas dispõe que a nosso país caberá indicar o presidente da instituição. No entanto,  no entretempo, Índia, Rússia e África do Sul – que vinham pleiteando a sede – passaram a reivindicar a presidência, que, nesse caso, constituiria um verdadeiro prêmio de consolação.

                  Hoje deverá ser decidida a questão em Fortaleza. Como é manifesto, por força de nossa condição econômico-financeira, cabe ao Brasil indicar o presidente. Neste campo, são os saldos efetivos e as respectivas condições financeiras que determinam o localização da sede e da vantagem quanto à seguinte posição de maior importância.

                  Qualquer outra solução não deixaria de refletir o relativo malogro dos negociadores brasileiros.

                 

( Fonte:  O  Globo )

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