O legado de Dilma
Não foi somente aqueles que a chamavam a mulher do Lula que a colocaram no Palácio do Planalto. A situação econômico-financeira de então, a popularidade do primeiro presidente petista, a campanha um tanto confusa de seu principal adversário – que não soube realçar a enorme vantagem em termos de experiência executiva e administrativa a distingui-lo da candidata de algibeira de Lula – a guindaram à presidência.
Desde o início, no entanto,
preocupou-me seu vezo retórico de
combater a carestia. Pensava que poderia manter à distância o dragão com frases
suspeitas tipo não admitirei, não
permitirei, etc. Inflação não se combate com armas – que parece ser a fórmula
do companheiro de ideologia e ex-caminhonista Nicolás Maduro – nem tampouco com
frases ressonantes, mas vazias de conteúdo e de eficácia financeira.
A despeito de ser economista formada, a
Presidenta abriu a porta para a inflação. Manteve a mesma desarrazoada
hostilidade do antigo PT da oposição ao Plano Real, como se fora conquista de
partido e não da nacionalidade.
E, assim, ela reintroduziu no
Brasil o mais cruel dos tributos, que é o da desvalorização da moeda e da
consequente carestia. E as taxas da inflação, registradas pela sopa de números
dos indicadores, e sobretudo pelo IPCA não só estouram o teto da meta do
Governo (com 6,52% em julho), mas nos asseguram a amarga certeza de que com
essa administração não nos veremos livres desse imposto escondido (sem dúvida o
pior deles todos na terra dos tributos e da sobrecarga fiscal).
Será
lícito duvidar que o legado de Dilma Rousseff é o de ter trazido, para
nosso infortunado convívio, dona inflação de volta ?
A Nova Pesquisa Datafolha
Dilma continua liderando as
pesquisas, mas as preferências obtidas
indicam estagnação com viés para baixa. Passada a Copa do Mundo e suas vaias, a
Presidenta marcou 36% no primeiro turno (Aécio,
do PSDB, marca 20%) e num
eventual segundo turno 44% contra 40%
para Aécio, o que implica em empate técnico dos dois principais
candidatos. É a primeira vez que isso
ocorre.
Por seu lado, o candidato Eduardo Campos (PSB) continua patinando (8%
no primeiro turno), e o aporte de Marina,
apesar de saudado, ainda não se tem visto. Inviabilizando a Rede Sustentabilidade através da jogada da invalidação de
assinaturas pelos cartórios do ABC o PT de Lula da Silva logrou uma discutível
vitória, que na verdade é o retrato do novo P.T., a concorrer doravante na
faixa do PROS e do Solidariedade.
( Fontes:
Folha de S. Paulo; O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário