domingo, 6 de julho de 2014

Correio da Copa (XX)


                                 

        A Argentina de Messi fez um gol aos sete minutos do primeiro tempo, pelo centro-avante Higuain (que perdeu mais tarde outra oportunidade quase igual). Passou a administrar o resultado desde então. Melhorou na marcação (todos os jogadores participam), e desenvolveu tática de criar impedimentos para o ataque da Bélgica, que pressionou muito mas sem objetividade.

         Ao final, los hermanos estavam muito contentes por terem passado à semifinal, a que não logravam chegar desde 1990.

          Por sua vez, a Costa Rica manteve a invencibilidade na partida e no torneio. Só perdeu nos pênaltis, por dois vacilos dos cobradores. Por causa de seu empenho, da atuação do goleiro e do implacável bandeirinha, que aplicou vários impedimentos ao ataque holandês, mais uma vez o arco costarricence não foi vazado. Nesse contexto, a atuação do goleiro Navas foi de grande eficiência. Fechou o gol, fez defesas incríveis e teve, em duas oportunidades, bolas indefensáveis na trave, em suma Navas teve a sorte que premia os grandes goal-keepers e foi de longe o melhor da partida.

         O técnico holandês fez jogada que desagradou bastante ao goleiro titular. A um minuto do final da prorrogação, indicou o segundo reserva Krul, que acabou agarrando dois pênaltis.  Em termos de ética, o árbitro do Usbequistão tolerava que Krul importunasse os cobradores da Costa Rica, o que não deveria ser permitido por prática antidesportiva.

        O incansável Robben correu desatinadamente, mas nada conseguiu.  Dispõe de atributos cênicos respeitáveis, que o fazem rolar no limite da área de forma impressionante, como se houvesse sofrido violenta falta. Em mais de uma oportunidade logrou que o árbitro (que concentrou quase todos os cartões amarelos – quatro em cinco - nos jogadores da Costa Rica) caísse na esparrela e marcasse falta.

         Por fim, na prorrogação, atacante da Costa Rica desperdiçou gol feito, que outros não perderiam.  Pena, porque pela simpatia e denodo, o time da América Central merecia – por conjunto de atuações na Copa, e pela ótica Davi vs. Golias  – ganhar da Holanda.

 

( Fontes:  O Globo, Rede Globo )

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