Enormes
investimentos da Rússia se tornaram indispensáveis pela própria inadequação do
sítio para o evento. Embora Putin ‘revele’ gastos de sete bilhões de euros, e
só metade desta soma alegadamente seriam em dispêndios públicos, as contas do opositor
Alexis
Navalny apontam outros totais muito mais salgados, segundo Helena
Celestino. Na verdade, a conta
de Sochi monta a quarenta e oito bilhões de euros, e
portanto mais cara do que as olimpíadas de Beijing,
e quatro vezes o gasto em Londres!
Como se vê, pela
inadequação de Sochi para um tal
evento – antes sítio isolado e de acesso difícil - foi necessário construir
toda uma rede de infraestrutura, com túneis, vias férreas e o escambau, assim
como, pela cercania de área conflagrada (Tchetchênia e Daguestão, que os
rebeldes islamistas querem transformar em califado independente), e ainda sem
falar de toneladas de neve artificial, a realização exitosa é mais um desafio
para o super-herói Putin, que não
mede nem despesas, nem riscos para levar adiante o seu objetivo.
Nem Barack Obama,
nem o Presidente da Alemanha comparecerão à inauguração. Por outro lado, os
americanos são instados a não revelarem pelos abrigos a própria nacionalidade,
dada a ameaça terrorista. Para complicar o quadro, existe a homofobia do regime
e a sua tentativa de impedir que ativistas de toda ordem participem do
certâmen, até mesmo como simples espectadores.
Não há negar que o
troncudo Vladimir Putin – a exemplo dos homens fortes em que se modela, como,
v.g., Benito Mussolini[1], aparecendo sem
camisa na batalha do trigo – tem um
senhor desafio pela frente!
Igualmente,
dentro do padrão corrente, há muitas possibilidades de que greve geral se
inicie por São Paulo. Em tal sentido, o Bom Senso F.C. faz mutirão para
contactar representantes dos vinte clubes da primeira divisão do Paulista. O
plano é disseminar a ideia de paralisação do torneio no fim de semana, de modo
a que não se realize nenhuma das dez partidas da 7ª. Rodada.
Depois dos minutos
de bate-bola entre as equipes do Campeonato Nacional do ano passado, a idéia é
engrossar com a greve, eis que as demonstrações light da temporada do ano
passado não deixaram marca. Somente
com a falta das partidas, o movimento acordaria as torcidas e conscientizaria
nas caixas respectivas que jogadores não
são máquinas, e que deve haver planejamento sério e humano dos torneios.
A coisa começa
por São Paulo, mas, se confirmado o
propósito, não se sabe aonde vai terminar...
(Fontes: Folha de S.
Paulo, New York Times)
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