segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Rescaldo de Fim de Semana (8)

                           

O Mensalão Tucano

 
     Depois do Mensalão do P.T. (a Ação Penal 470) e do mensalão do DEM (com as filmagens incriminatórias do governador José Roberto Arruda, da deputada Jaqueline Roriz e um vastíssimo etc.), entra em cena o Mensalão do PSDB.

     Estamos nas primícias, com a pena proposta pelo Procurador-Geral da República, de 22 anos para o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB). Inova no capítulo o PGR, eis que, na citada Ação Penal 470 o seu predecessor se absteve de quantificar a pena dos acusados.

     A propósito do processo, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG) afirmou ser tão inocente no mensalão tucano quanto o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva o é, em sua opinião, no caso petista: “Minha situação é semelhante à do Lula. Corretamente, não foi responsabilizado.”

      Interessante a declaração do ex-governador. Inteligente, sem dúvida. E sibilina, a fazer gosto à pitonisa de Delfos.


 Protestos em Kiev

 
       A Praça Maidan voltou a reunir cerca de setenta mil manifestantes, que exigem a renúncia do Presidente Viktor Yanukovych. Entrementes, o diálogo do palácio com os líderes oposicionistas está em ponto morto.

       Os ressaibos do desastrado telefonema da Secretária-Assistente para a Europa, Victoria Nuland para o embaixador americano em Kiev, ficam no ar, para agrado de espectadores privilegiados do Kremlin.
       O marasmo nos protestos e a ineficácia de Bruxelas – a par da desastrada participação estadunidense – só aproveitam ao palácio (leia-se Yanukovych) e a Vladimir Putin.

 
A Confederação Helvética e os Imigrantes         

 

      Era segredo de Polichinelo que o referendo para a criação de cotas na entrada de imigrantes europeus teria a aprovação da população helvética. A boa notícia é que a  imposição de limites à entrada de imigrantes vindos da União Europeia passou por estreitíssima margem (50,3% dos votantes).

      Não é de excluir-se, assim, que o povo suíço venha a ser um pouquinho mais liberal com relação a estrangeiros do que na atualidade. Tenha-se presente que não é de hoje que a Confederação impõe regras draconianas para alienígenas e italianos, em particular.

      Esses, no passado, tinham de sujeitar-se a estatuto temporário. Assim, depois de temporadas no paraíso helvético como Fremdarbeiter  (operários estrangeiros) – que em outras terras são denominados  de Gastarbeiter (operários hóspedes) - eram forçados a regressar à Itália.  Voltariam no ano seguinte, mas a regra existia para vincar o caráter provisório do trabalho prestado, por mais necessário e útil que fosse.

 

( Fontes:  O  Globo,  Folha de S. Paulo )

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