O Mensalão Tucano
Estamos nas primícias,
com a pena proposta pelo Procurador-Geral da República, de 22 anos para o
ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB). Inova no capítulo o PGR, eis que, na
citada Ação Penal 470 o seu predecessor se absteve de quantificar a pena dos
acusados.
A propósito do
processo, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG) afirmou ser tão inocente no
mensalão tucano quanto o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva o é, em sua
opinião, no caso petista: “Minha situação é semelhante à do Lula. Corretamente,
não foi responsabilizado.”
Interessante a
declaração do ex-governador. Inteligente, sem dúvida. E sibilina, a fazer gosto
à pitonisa de Delfos.
Os ressaibos do
desastrado telefonema da Secretária-Assistente para a Europa, Victoria Nuland
para o embaixador americano em Kiev, ficam no ar, para agrado de espectadores
privilegiados do Kremlin.
O marasmo nos
protestos e a ineficácia de Bruxelas – a par da desastrada participação
estadunidense – só aproveitam ao palácio (leia-se Yanukovych) e a Vladimir
Putin.
Era segredo de
Polichinelo que o referendo para a criação de cotas na entrada de imigrantes
europeus teria a aprovação da população helvética. A boa notícia é que a imposição de limites à entrada de imigrantes
vindos da União Europeia passou por estreitíssima margem (50,3% dos votantes).
Não é de
excluir-se, assim, que o povo suíço venha a ser um pouquinho mais liberal com
relação a estrangeiros do que na atualidade. Tenha-se presente que não é de
hoje que a Confederação impõe regras draconianas para alienígenas e italianos,
em particular.
Esses, no
passado, tinham de sujeitar-se a estatuto temporário. Assim, depois de
temporadas no paraíso helvético como Fremdarbeiter (operários estrangeiros) –
que em outras terras são denominados de Gastarbeiter
(operários hóspedes) - eram
forçados a regressar à Itália. Voltariam
no ano seguinte, mas a regra existia para vincar o caráter provisório do
trabalho prestado, por mais necessário e útil que fosse.
( Fontes: O
Globo, Folha de S. Paulo )
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