Segundo o Globo, o dinheiro do
trabalhador tem sido utilizado com
grande desenvoltura pelo Governo. Com efeito, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), dentro da agressiva e
invasiva ação do Governo Dilma que ,no seu desespero em arranjar fundos para a
gastança, se tem valido de forma crescente e preocupante do cabedal do FGTS atendendo mal o interesse do trabalhador. O
que está acontecendo? Quando o trabalhador,carente de fundos, requer dinheiro depositado na sua conta e este lhe chega com pífios juros de 3% a.a.,
mais a Taxa referencial, o que não o habilita a acompanhar a desvalorização do
real.
Para vencer esse
esbulho do dinheiro do Fundo – que vem sendo desviado para programas como Minha Casa Minha Vida – o número de
ações de trabalhadores tem crescido de forma bastante acentuada. O que os
proponentes pleiteiam: juros de 3% a.a., mais a reposição por um índice de
preços (INPC ou IPCA), vale dizer um cálculo veraz da perda do poder aquisitivo
da moeda (cortesia da inflação que D.
Dilma nos trouxe).
A Caixa Econômica
Federal, gestora do FGTS, pediu ajuda
à Advocacia Geral da União (AGU) para
recorrer das sentenças em primeira instância.
Na última sexta-feira, 7 de fevereiro,
o número de ações está em 45.343,
das quais em 21.159 o governo teve ganho de causa (mas em primeira instância).
O governo Dilma
Rousseff sabe que é uma luta com poucas probabilidades de vitória, e que o
destino de tais ações é o Supremo
Tribunal Federal. E é grande a probabilidade de que a Corte Suprema dê para
os que carecem de sacar o FGTS um
rendimento justo, adequado à verdade do poder aquisitivo da moeda, e não com
taxa que lhe comprima o valor real.
Dentro dos
artifícios contábeis que caracterizam a atuação do Tesouro, a verdade no FGTS provocaria uma revolução quanto a
esse fundo. E por quê? Que o FGTS deixe de ser fonte de recursos para
os programas sociais do governo (habitação,
infraestrutura e mobilidade urbana).
Na verdade, as ações dos trabalhadores – e muitas têm tido ganho de causa em
primeira instância – se destinam a atender, dentro do espírito deste Fundo, a
carências específicas dessa classe. No seu
compulsivo malabarismo, o que o Governo
deseja é despir um esfarrapado para vestir outro, e, em outras palavras,
valer-se do FGTS para suprir lacunas
de dotações específicas.
Sempre o mesmo desrespeito fiscal, que como
toda mágica engana poucos e por pouco
tempo.
Hoje em dia, com
uma OEA desdentada e quase patética
na sua incapacidade de lidar com as formas mais gritantes de desrespeito às
liberdades individuais – aí incluídas as pertinentes ao direito de informação –
os tiranetes sul-americanos, como o caminhoneiro Nicolás Maduro, na Venezuela, o mestre-escola Rafael Correia (no Equador), e a viúva de Kirchner (na
Argentina) não tocam um samba (ou tango,ou salsa, ou cúmbia de uma nota só), evidenciando certa sutileza
para atenazar e sufocar o direito à liberdade, a que não contrapõem, nem de
longe, capacidade de boa gestão dos negócios públicos.
Dessarte, Maduro
tem impedido que o papel chegue aos jornais de província (e que melhor
maneira para calá-los?); o presidente
equatoriano busca intimidar jornais e jornalistas com multas pesadas e
sem outro propósito que o de fazer calar os seus desrespeitos à liberdade
alheia; e a Kirchner, alterna a sua investida contra o bicho-papão do grupo
Clarin com o provado expediente de
negar papel de imprensa à órgãos incômodos, enquanto lenta mas seguramente a
antes flamante Argentina escorrega para o pântano das economias sem fundos nem
créditos...
(Fontes: O Globo; Folha de S. Paulo)
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