sábado, 9 de junho de 2018

Trump e a Rússia


                                    

         Não é desconhecido como surgiu a presidência Trump,  e a substancial participação  da Federação Russa de  Putin  para de algum modo contribuir a fim de que o seu candidato à Casa Branca prevalecesse na eleição de novembro de 2016 sobre a democrata Hillary Clinton.
         O Conselheiro especial Robert Mueller III continua a ocupar-se da questão, para a óbvia inquietude de Donald Trump. Como isso vai acabar, ainda não é possível determinar, mas não há dúvida  que essa investigação a que está submetida a sua presidência consome muitas atenções e preocupações do atual morador da Casa Branca.

          Realiza-se atualmente no Canadá a Cúpula do G-7,  e Trump - que chegou atrasado ao evento - não encontrou um bom ambiente entre os seus supostos aliados.      
           Pudera! As inabilidades de Trump já são de molde a turvar o ambiente, com a guerra comercial que o americano iniciou, impondo barreiras tarifárias  à Comunidade Europeia, atingindo, portanto, a seus supostos aliados na U.E.
           Por outro lado, não se pejou em sugerir que  Vladimir Putin fosse convidado para voltar a participar do G-7,  logo ele que atacara a Ucrânia e anexara  - com a desfaçatez de um imperialista do século dezenove - a Crimeia (sendo inclusive censurado por uma Resolução  da Assembléia Geral).   

           O palpite infeliz de Trump foi rejeitado pelos membros do G-7, tendo-se presente que partira de Barak Obama a iniciativa de afastar  Putin  do grupo, pelo seu desrespeito ao direito internacional com a afrontosa anexação  de parte do território da Ucrânia. Ainda nesse contexto e sob a iniciativa de Obama, fora tecida uma elaborada rede de sanções ad hoc contra a Rússia, visando inclusive aos amigos e cupinchas do líder russo.
            A presidência Trump, com a sua estranha ligação com o Kremlin e o próprio Vladimir Putin, passa para os aliados ocidentais uma sensação de perplexidade e de consequente desunião, quanto aos valores defendidos pelo novo governo republicano, no que tange à Rússia de Putin, e seu imperialismo, no que tange a muitos de seus vizinhos.   A posição a respeito dos líderes europeus Emmanuel Macron (França), Angela Merkel (Alemanha), Theresa May (Reino Unido) e Giuseppe Conte, o novel Primeiro Ministro da Itália é a de concordarem  que "a posição europeia é a de negar o retorno da Rússia."  

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )         

Nenhum comentário: