quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Calçadas do Paes


                                         

       O Prefeito Eduardo Paes vai entrar no próximo ano em nova eleição e pelo que se diz, planeja altos voos.

        A aliança, contudo, entre boçais e vândalos continua respeitável. Que o diga a estátua de Carlos Drummond, sentado em banco no posto seis de Copacabana. Outra vez lhe quebraram a armação dos óculos.

        Por outro lado, Sua Excelência ignorou solenemente  a minha crônica-pedido - A memória perdida de Ipanema - em que escrevi faz bastante tempo  sobre o sumiço das placas de metal diante de pontos importantes do velho bairro do século passado.

         Com comovente competência, os ladrões levaram-nas todas, que por uma boa sugestão de algum predecessor seu, homenageava os bares (Zeppelin), os cinemas (Ipanema, Astória), a sorveteria (Moraes), arquitetos (Niemeyer), casa (João Saldanha) e muitos outros que ficam na saudade.  Permiti-me sugerir no tal blog que foi oficializado que Vossa Excelência distinguisse o bairro, repetindo a homenagem, agora de forma mais perene: que tal placas de cimento na calçada, que seriam resistentes e sem atrativo para os gatunos?

          Vossa Excelência que hoje tem até tempo de rodar como taxista fajuto mantendo conversas com atônitos passageiros, não teve até hoje a pequena atenção de mandar algum funcionário cuidar do assunto, que afinal seria simpático para a gente do bairro, e não custaria muito...

         As minhas conversas - na verdade, monólogos - com Vossa Excelência (Prefeito não é Excelência pelas regras do protocolo, mas havia uma exceção para o do Distrito Federal, de que o senhor é herdeiro, longínquo na verdade,  mas que por aqui continua valendo) - não tem tido o êxito esperado, mas quem sabe dessa vez será diferente?

         Por falar nisso, além da bandalha das calçadas do Rio, invadidas pelas bicicletas (que não se contentam com as ciclovias) em que pela segurança dos pedestres não deveriam estar, queria pedir, na verdade, suplicar a sua urgente atenção para a furação de sinal - amarelo para eles é verde - dos simpáticos coletivos que não estão nem aí para os cinquenta segundos que o senhor pensa conceder aos pedestres (sobretudo aos idosos, como pretexto para um exercício importante - se fôr rápido, fica vivo!).

        Por fim, antes de terminar, abandone esse papo furado de querer fazer como sucessor o seu amigão, que tem várias passagens por delegacias, pelos maus tratos e violências contra a mulher, hoje felizmente ex! Assim como a aliança com Dilma, esse inteligente plano do Pezão, não me parece cousa aconselhável para o município (e o Estado!)

 

( Fonte: experiência de vida carioca ) 

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