sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sexta-Feira Treze

                                              

          O PT parece que não está entendendo bem o que implica a atual crise do Petrolão. Haja vista as responsabilidades envolvidas, não faz nenhum sentido atribuir a secretaria da CPI da Petrobrás a representante do PT. A opinião pública está interessada em um exame sério da questão, e não as consuetas pizzas, à moda do defunto Orestes Quércia.

          Tenhamos presente a última CPI conjunta, em que a relatoria ficou com o petista Marco Maia (PT/RS) e a presidência  com o então Senador pela Paraíba Vital do Rego Filho (PMDB), ambos da maioria dilmista. A vergonhosa pizza então produzida por Maia, não indiciando ninguém mostrou o que se pode esperar de relatoria petista (Maia depois voltou atrás).

          Circulou nesta semana discreto desmentido de uma suposta intenção anterior. Os leitores dessa coluna se terão apercebido que o Governo Dilma resolveu voltar atrás de um desejo de prolongar o horário de verão por mais um mês. Isso não teria nada de mais, eis que consultoria ao interesse nacional com vistas a u’a maior poupança de energia, sobretudo nesse verão em que a nossa autoridade já teve de bater, com chapéu na mão, pedindo o reforço das centrais portenhas.

          Não é segredo tampouco para ninguém que países do Norte maravilha aplicam horários de verão muito mais longos do que o nosso, porque não querem desperdiçar energia. Outra peculiar característica é a fraqueza do governo federal, que se curva aos caprichos dos governadores (sobretudo do Nordeste), isentando-os do horário.  Quando Suas Excelências carecem de reforços de corrente energética, não creio que se façam de rogados para receber o aporte do Sul maravilha.  Quero crer, portanto, que com a exceção dos estados que estão na linha do Equador, os outros deveriam participar sem exceção nesse esforço nacional de poupar energia.

        Quanto a essa súbita mudança de opinião do MME,  não será que d.Dilma está um pouco nervosa com a sua queda de popularidade, passando a temer os efeitos da extensão do horário de verão, por mais benéfico que seja?

        Depois de fazer ouvidos de mercador às indicações ministeriais de Lula da Silva, com a súbita mudança no tempo político – eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara,  queda nas pesquisas – não é que, de repente, Dilma voltou a prezar a maior experiência no ramo do ex-presidente? Não há negar a atual incompetência de sua assessoria – a par da própria – e, por isso, eis que ressurge na área planaltina o fazedor de postes?

         Com as mãos abanando, a presidenta parte para de novo pedir os conselhos de seu criador, diante da sua comprovada inabilidade política. Depois da casa arrombada, no entanto, este auxílio não pode fazer milagres, embora sempre seja hora de remendar erros passados... Nesse contexto, Chico Caruso de novo mostra o caminho das pedras, com uma contrita Dilma no confessionário, ouvindo as sábias recomendações de D. Lula, para ver se algo se salva das confusões criadas por quem não é do ramo...

         Por fim, uma nota municipal.  É uma vergonha – pedindo emprestado o bordão de Boris Casoy – que o governo municipal do Rio de Janeiro,  com o Prefeito Eduardo Paes à frente, não esteja nem aí para pôr um termo nesse escândalo carioca de os ônibus continuarem sem ar condicionado, como o  se verão aqui não fosse o que é, oscilando entre 35 e 40°,  sem levar em conta o aquecimento interno desses coletivos. Ar condicionado no Rio de Janeiro não é firula, nem conforto de rico, mas artigo de primeira necessidade para quem passa em tais caixões rodantes p’ra mais de uma hora por viagem? É uma vergonha, como diria o dito, que o Sr. Prefeito não determine que toda a frota de ônibus tenha ar condicionado. No Rio Maravilha isto não é luxo, mas conforto indispensável para aguentar as inclemências do clima!

 

 

( Fontes:  O Globo; Folha de S. Paulo )

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