terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Oscar Romero, mártir da Igreja

                                  

        Papa Francisco continua com sua meritória obra de elevar aos altares os grandes pastores de Santa Madre Igreja. Desta feita, é a vez de D. Oscar Romero.

        Em cerimônia no Vaticano, o Santo Padre formalmente ratificou o martírio de Oscar Romero. Em ato de ódio pela fé, o Arcebispo de El Salvador fora abatido quando celebrava a santa missa no altar da catedral.

        Por motivos políticos, apesar do apostolado de Oscar Romero e sua devoção à fé de Cristo, os dois pontificados de Papa Wojtyla e Papa Ratzinger não levaram adiante a causa de Romero. Tal se devera às ligações do arcebispo Romero com a teologia da libertação, combatida acerrimamente por João Paulo II.

        Durante a sangrenta guerra civil em El Salvador, o prelado mostrou coragem ímpar no seu esforço em salvar vidas. Por isso, sem temer a irritação dos militares, ele incitara a gente da farda a desobedecer ordens e não matar oponentes políticos.

        No governo do Presidente Jimmy Carter, e na sua política de defesa dos direitos humanos, D. Romero escreveu carta para o presidente estadunidense, com o instante pedido que cortasse  a ajuda militar a El Salvador.

        Tanto denodo na defesa dos direitos de seus fiéis e da população salvadorenha levaria a que os carrascos das forças direitistas ligadas ao major Robert D’Aubuisson cometessem o ato nefando e sacrílego de fuzilá-lo no altar.

         A causa de beatificação de Dom Romero, malgrado a sua morte oficiando a sagrada missa, e a serena coragem demonstrada como bom pastor de ameaçado rebanho, não progredira pela motivação acima citada.

        Mais uma vez, Papa Francisco mostra a própria determinação. Com espirito joanino, o Santo Padre desbloqueou a causa ainda em 2013, tão logo acedera à Sé Pontifícia.

        Não tardará muito e teremos mais um grande santo na América Latina. E um, cujo espírito ecumênico se manifesta também através da fé luterana – o consideram santo e o festejam no aniversário da morte, 24 de março de 1980 – e anglicana que o cultuam como mártir da fé.

 

( Fonte:  The New York Times )

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