domingo, 24 de novembro de 2019

Trump nas cordas ?


                                    

      Gilles Lapouge, colaborador francês do Estadão, se reporta ao que chama o "ultimo combate de Bibi", que é o apelido  de Benjamin Netanyahu.  A par de mencionar a incrível dádiva  de Donald Trump - que luta contra um bem articulado impeachment que corre, constitucionalmente, na Câmara de Representantes sob o martelo de Madam  Speaker Nancy Pelosi, e que deve ser aprovado nesse nível, mas encontrará grandes resistências no Senado Federal - em que os Republicanos têm a maioria -  a Israel, " que decidiu que os assentamentos judeus na Cisjordânia ocupada são legais " o que no entender do colunista fecha as portas para qualquer negociação  sobre o futuro de Israel".
  
        Não é aqui para ocupar-me de mais um dos prepósteros atos internacionais desse presidente americano, decerto um dos mais censuráveis na História desse grande país, mas não creio que essa canhestra tentativa de desfazer tudo o que os seus antecessores na Casa Branca construíram em termos de doutrina vá resistir aos embates da tradição americana e em especial do Direito Internacional. De toda maneira, depois que os deputados se manifestarem pelo impeachment, e apesar de que o Senado tenha maioria republicana, uma coisa que é difícil imaginar que políticos se disponham a manifestar-se contra a opinião pública e esta, com os desvairos de Trump, tende a avolumar-se por maioria pro-impeachment.  Quando alguém se evidencia não só prejudicial, mas deletério para um partido, será forte, quiçá irresistível o push para os políticos com juízo não irem contra a vontade preponderante do Povo americano.

          Há pouco apareceu no New Yorker caricatura de Trump colocando os famigerados pés de cimento, à maneira dos gangsters newyorkinos, em um acabrunhado 'Uncle Tom', com a ajuda do seu "cúmplice" Giuliani. É de esperar-se - como o tem indicado a gente dos subúrbios - que este 45º presidente se confirme entre os do grupo de  James Buchanan - aqueles que a História costuma assinalar com a dúbia distinção dos ocupantes da Casa Branca por um só mandato.


( Fontes: The New Yorker, O Estado de S. Paulo )

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