sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Trump e Erdogan


                                   
          O homem-forte da Turquia, Recep Tayyip Erdogan deverá reunir-se, em Washington,  na próxima quarta-feira  com o presidente Donald Trump, segundo informou a presidência turca.

              Erdogan havia ameaçado cancelar a visita, por causa das tensões provocadas pela questão síria, e também pelo fato de a Casa de Representantes, sob maioria democrata, houvesse afinal reconhecido o genocídio armênio praticado pelo sultanato turco-otomano.

                Pela estranhíssima retirada americana da Síria, e o consequente abandono dos milicianos curdos - de que este blog já tratara com a atenção devida, pela criminosa negligência de um aliado fiel para com válido e corajoso contingente cujos ótimos serviços "mereceram" esse  tratamento que terá poucos similares na história, dada a circunstância de que a muito preciosa ajuda pelos soldados curdos ao contingente americano em várias (e difíceis) áreas do Oriente Médio foi menosprezada pelo 45º presidente, com um nível de ingratidão que terá poucos exemplos na crônica das alianças, dado o nível em que a falta de um mínimo de valorização pela relevante ajuda dispensada em passado recente rivaliza com o cínico menosprezo dado ao aliado certo e confiável, que terá poucos exemplos na história militar e a fortiori, a falta abismal de qualquer sentido de gratidão para com esse aliado certo. A história registrará poucos exemplos de tanta torpeza, na medida em que vai contra a inteligência desdenhar de uma tropa fiel e o que é mais importante,  guerreiros de fé comprovada, e por conseguinte aliados que o inimigo teme.  A lealdade não é artigo que esteja à venda, e tratá-la da forma descrita não é decerto aconselhável para comandante militar, qualquer que seja a sua hierarquia.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

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