domingo, 31 de março de 2019

Visita a Israel de Bolsonaro


                                   

        Como se deveria contextualizar a visita do Presidente Bolsonaro a Israel? O intento do apoio a Benjamin Netanyahu será bem-sucedido? Para tanto, se faz necessário que Netanyahu corresponda às expectativas, mas também que não se perca o foco no peso da comunidade árabe.
          O temor de uma reação da comunidade árabe poderia ser afastado se Bolsonaro anunciasse apenas a instalação de um escritório de negócios em Jerusalém, ao invés da mudança da missão brasileira, como havia sido prometido?

          O apoio ao Brasil não se traduz apenas na compra de frangos pela Arábia Saudita.   

          Esse apoio é contrapartida a votos determinantes, que assinalaram as delegações brasileiras nas Nações Unidas através de décadas. Não deve ser embaralhado com posturas circunstanciais, adotadas segundo a leitura dos ventos. A posição da diplomacia brasileira até o presente nada tem a ver com eventuais mudanças oportunistas, dadas a um candidato sobre que pesam acusações sérias. 

        A força de nossa diplomacia está consubstanciada, dessarte, não em posições ocasionais, ditadas pelo momento, mas no próprio conteúdo temático e na consequente coerência.

          Não é questão para mercadejar em posições oportunistas que pouco têm a ver com apoios de última hora. A força da posição do Brasil está ditada por atender à Justiça e à Equidade, que não se afiguram qualidades que possar ser negociadas segundo a estação.


(Fontes: O Estado de S. Paulo; Folha de S. Paulo )

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