sexta-feira, 29 de março de 2019

Aviões russos em Caracas


                                     

         Como sói acontecer - e Pirandello já se manifestara sobre as implicações das aparições públicas - nem tudo é como parece ser ...
            A primeira impressão seria que houvesse intenções mais profundas de Moscou ligadas à visita  de dois aviões militares russos, que aterrissaram em plena luz do dia no aeroporto internacional de Caracas. A boataria relativa à ocorrência se encaixaria em que o Kremlin pudesse estar agindo mais abertamente para proteger Nicolás Maduro de um suposto levante popular.
             As verificações dos jornalistas contextualizaram a dita visita, que não teria as intenções propaladas pelas inquietações dos caraquenhos. Dessarte, consoante a agência estatal russa Ria Novosti e diplomatas russos, a visita está relacionada a contratos de cooperação militar assinados ainda por Hugo Chávez (morto em 2013) entre a Venezuela e a Rússia.

               Preside, sem embargo, às informações uma estranha equiparação entre a Venezuela e a Siria, ambas agora bastante dependentes do armamento russo.  Nesse contexto,os russos têm contratos de manutenção do armamento vendido à Venezuela durante o governo de Hugo Chávez, que inclui sistema de defesa aérea, caças e tanques, que vale bilhões de dólares.
              A chegada de assessores russos a Caracas aconteceu depois de a Venezuela ativar, na semana passada,o sistema de defesa aérea russa S 300 (cf. analistas da empresa ImageSat. Intl.)
              Recentemente, a Rússia também enviara esse mesmo sistema S300 à Síria...
           
           Para os leitores do blog, o histórico da dependência síria ao poder russo - em suma, a gospodin Vladimir Putin - já está contextualizada desde muito, com consequências nem todas favoráveis, como o reforço atual do tirano Bashar al-Assad, que ao recorrer a Putin, lá se vão alguns anos, estava muito próximo de tornar-se réu no Tribunal Penal Internacional, na Haia. Sabemos que pela iniciativa de Assad, e ausência da resposta de Barack Obama, ao rejeitar o plano dos chefes americanos de agências com presença no Oriente Próximo (sob  a liderança da então Secretária do Exterior Hillary Clinton) os Estados Unidos veriam crescer o poder da Rússia naquela região...  
                      
( Fontes: O Estado de S. Paulo e o meu blog )              

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