quinta-feira, 7 de março de 2019

O Carnaval e o Prefeito Crivella


                                 
                     Caso único até hoje,  o prefeito Marcelo Crivella conseguiu fazer passar e ser mesmo aceita a sua incrível postura anti-carnavalesca, a ponto de evitar qualquer contato com as Escolas de Samba.  A postura colou tanto que uma dessas escolas apresentou em uma faixa branca com letras negras a situação, como se um prefeito eleito do Rio de Janeiro pudesse apartar-se do mundo carnavalesco e da passarela do samba como se fora um direito seu...

                        As Escolas não podem "respeitar" uma tal atitude preconceituosa e, na verdade, quase-ridícula, como se ele, o evangélico, não pudesse ter contato com esse suposto mundo do pecado. 
                          Com todos os ares que ele se assume,  como Prefeito o seu papel tem sido nefasto sob muitos aspectos. E  há várias reportagens que mostram o que representa tal prefeito, um dos piores em termos de negligência que já passaram pela prefeitura do Rio.  E muitas dessas já foram estampada pelo Blog, por isso me eximo de repeti-las com a extensão a que fariam jus;

                   Exemplos?  um casebre em material teria sido levantado no Jardim de Alah, aproveitando-se o mendigo da ausência de fiscalização  pública. O monstrengo só não foi erguido por causa dos vizinhos moradores.
                           E não hão de esquecer que em reunião no Palácio da Cidade, a senha para quem quisesse cuidados especiais em termos de pequenas operações, eles não careceriam de pacientar em filas como o comum dos mortais. Para os próximos, bastaria falar com a Márcia, que se supõe seja a secretária de Sua Excelência...
                           O que mais espanta é que tal idiossincrasia do Prefeito Crivella, ele tenha logrado fazê-la passar, a ponto de as Escolas - e o mundo do Samba - chegarem a quase proclamar esse ridículo direito à diferença e ao afastamento do Sambódromo de alguém que, por vários títulos, já mostrou à saciedade que não pode ser cotejado, nem chegar literalmente aos pés dessa lídima e autêntica  expressão da cultura brasileira e carioca, que é a Escola de Samba, e que esse Prefeito não poderia continuar a tratar o mágico  mundo da criação e da arte popular como se fora um espaço que não merecesse a presença da autoridade municipal. 
                             Que tal ridícula postura ele, por ora, tenha logrado fazer passar, pode fazer parte da mente conciliadora do brasileiro e do carioca, em particular.
                        É bom e justo que a presença de vereadora mártir - e do seu motorista Anderson Gomes - tenha recebido o realce que faz por merecer, mas o Povo carioca precisa e muito que o torpe assassínio, mui provavelmente, por encomenda, da corajosa vereadora, continue sem solução, o que não só é perturbador como também algo pra lá de suspeito.
                        
                         Que a recentíssima conquista pela Mangueira do troféu máximo no desfile das Escolas de Samba, seja motivação a mais para que a lúrida e covarde  liquidação de sua valorosa guerreira não continue impune.


( Fonte: O Globo )

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