sexta-feira, 8 de março de 2019

Guaidó se reúne com líderes sindicais


                              

         Guaidó, ao reunir-se com as chefias sindicais do setor público, se concentra na definição de uma agenda de greves na Administração Pública.
          "Faremos uma greve escalonada, proposta dos trabalhadores para nunca mais trabalharem pela ditadura", declarou o Presidente-interino Juan Guaidó. Ao ocupar-se da agenda das greves no setor público,  Guaidó deixa a área desimportante que poderíamos assemelhar à l'inauguration des petits jardins et de fleurages, para passar a incomodar o Estado chavista.
            A partir de hoje, pedimos que toda a Assembleia Nacional) - único órgão contro-lado pela Oposição  trabalhe junto com a gente para tirar do poder  os que roubam a vontade popular, nossos votos do Poder Eleitoral. Aposentados dessa instituição  precisam emigrar, porque (senão) morrem de fome", declarou Enrique Cedeño, secretário-geral do sindicato do Conselho Nacional Eleitoral.
             Consoante Juan Andrés Mejia, deputado da oposição, a estratégia de Guaidó é isolar o regime chavista."Isso envolve levar uma mensagem  não apenas aos militares, mas a outras partes da base de Maduro", explicou Mejia.  Os sindicatos dos setores públicos "têm sido parte da estratégia do regime para continuar no poder", com seus funcionários comparecendo a manifestações pró-Maduro", segundo acrescentou o sindicalista.

                "É preciso a mudança política para reativar o setor elétrico que hoje está 70%  paralisado. Denuncio que 296 dirigentes sindicais têm seus benefícios suspensos hoje por levantar sua voz", afirmou depois da reunião Reinaldo Díaz, representante da estatal elétrica Copoelec.
                    Para analista da Univ. Central da Venezuela Félix Seijas, a oposição "precisa transmitir ao Povo que está avançando, com passos firmes. Se não fizer isso, o Povo acabará ficando desencorajado."

Presença do Medo

                 Guaidó planejara reunir-se com representantes  de cerca de seiscentos sindicatos. Por isso, antecipava presença maciça de trabalhadores, mas muitos não compareceram, alegando medo da retaliação do Governo chavista.  O líder oposicionista representa um ulterior desafio, ao enfrentar um Governo que vem resistindo à pressão internacional.
                        E, no entanto, na reunião de ontem  também estavam presentes representantes da Chancelaria, de companhias telefônicas e petrolíferas, todas atualmente sob comando chavista.
                          Com efeito, o Governo é considerado o maior empregador do país, com cerca de dois milhões de empregados. Enquanto porém Guaidó se reunia com líderes sindicais, poucas centenas de trabalhadores foram ao lugar da reunião mostrar o seu apoio ao Presidente interino.
                          Na verdade, um deles, do cartório federal, asseverou que a maioria dos quatro mil trabalhadores nesse setor apoia o presidente Guaidó. "Não há muitos de nós aqui", não deixou ele de reconhecer, falando sempre sob a condição do anonimato: "Temos medo de demissões por demonstrar lealdade à Oposição."
                            Por sua vez, Lenin Briceno, de 54 anos,  bancário aposentado, afirmou que ao menos 80%  de seus antigos colegas apoiam  a Juan Guaidó. Nesse sentido, e para tentar dar voz a esta maioria silenciosa,  o líder Guaidó declarou: "Nossa pressão está apenas começando, a jogada social  agora é sair às ruas".
                             Ontem, sete de março,  Maduro voltou a manifestar-se, declarando que "derrotará uma minoria louca  que quer desestabilizar o país." Nesse sentido, o presidente chavista convocou ulteriores manifestações "anti-imperialistas ", para este sábado, nove de março, que é a mesma data prevista para os protestos  que o presidente Guaidó pretende realizar.
                                Tais assembleias informais serão examinadas com a lupa do cheiro de povo, que é a medida da própria autenticidade, seja pelas organizações sindicais liberais, seja nas situacionistas,  sob comando das centrais chavistas.

( Fonte: O Estado de S. Paulo )                                              

Nenhum comentário: