domingo, 23 de setembro de 2018

Panorama do Brexit


                                   
        Talvez o Reino Unido e a Inglaterra, em particular, possa livrar-se em breve das confusões e dos erros de Theresa May e dos conservadores. Nesse contexto, há especulações no meio político  de que se a solução  Brexit não funcionar ou tropeçar, a solução para o problema da indecisão britânica possa ser resolvido com a entrada em cena do líder trabalhista Jeremy  Corbyn.
           Este novo cenário do Brexit - ou melhor de seu malogro - solucionaria o problema que os conservadores criaram, através da anulação da saída do Reino Unido da União Europeia. Tal, como dito acima, pressuporia a intervenção do líder trabalhista Jeremy Corbyn.
            Sem embargo, como se aponta, esperar que Corbyn pegue a espada e corte o emaranhado do intricado problema da saída da Inglaterra da U.E.  pressupõe que esse líder se disponha a entrar em cena, coisa que timbra em não fazer por dois anos a fio!
            No meio político britânico, cresceria o consenso de que a solução pelo Brexit não se ultimaria, e que com o seu fracasso, tudo voltaria à mesma, com a eventual derrota dos partidários do dito Brexit. Será acaso demasiado otimismo colocar suas fichas em alguém que poderia ser considerado - em termos de saída da União Europeia - como o grande mudo nas lutas políticas que, em plagas inglesas, terçam armas para estabelecer prazos para o Brexit, e não para estipular a data de seu término ?
             Apesar de o líder trabalhista ser havido como sem entusiasmo para o Brexit, semelha excessivo que se atribua a esse taciturno personagem o que seria o golpe de misericórdia nesse sacré brexit, que nascido em votação pouco conclusiva no verão retrasado, ainda continua a motivar desencontros no Reino Unido, em uma situação de que são os principais responsáveis David Cameron - que literalmente jogou fora a posição de Primeiro Ministro, ao pensar factível colocar o próprio cargo em risco, em desenterrando mais um referendo sobre a permanência na U.E., ao estupidamente julgar "seguro" apostar no malogro da consulta pró-saída de Bruxelas, e Theresa May, que embarcou na chalupa do Brexit, ignorando as causas históricas da adesão de Londres à União Europeia. Ainda no terreiro dos tories, temos os oportunistas  gêmeos Johnson, com realce para Boris, o arqui-rival de Theresa May. Ambos, na verdade, por razões de oportunidade política se apegam ao Brexit. A pressão, no entanto, sobre Jeremy Corbyn, e o favor do momento - inclusive a grande maioria de trabalhistas favoráveis à permanência na U.E. - tendem a apontar para o cauteloso lider Corbyn que quem deve ditar a permanência em Bruxelas é o interesse nacional inglês, e não o jogo de poder entre May e os irmãos Johnson.

( Fonte: The Independent )

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