sábado, 1 de setembro de 2018

O Pífio PIB


                                            

           O  Produto Interno Bruto cresceu 0,2% neste trimestre, o que na verdade representa a perda do ritmo de crescimento.  Tal se deve em grande parte à greve dos caminhoneiros, que afetou a setores relevantes, como a indústria, além de abater o investimento.
              Para especialistas, a reação do governo (diante da paralisação) que cedeu às demandas dos caminhoneiros, além de ampliar os gastos em meio à crise fiscal, terá adicionado incertezas para o futuro.
               A situação da economia, ao perder o ritmo de crescimento,  tende a comprometer o espaço para a realização de reformas e também o discurso dos candidatos em relação às medidas mais duras do ajuste necessário para sanear as contas públicas.
                A Folha se reporta a um dos retratos da retração industrial que estaria em Franca no interior de São Paulo. Preocupa que na capital nacional do calçado, as vagas desse segmento caíram de 30 mil, há cinco anos, para 19,7 mil em julho.
                  Talvez nesse retrato da produção de calçados em Franca,  a imprensa haja misturado mais de um fator. Cresceu a concorrência aos calçados brasileiros,  e o repto tem partido das exportações da China.
                   Estamos decerto na areia movediça da véspera das eleições presidenciais. O que nos promete esse novo quinquênio?  Que valor dar aos compromissos assumidos por suas Excelências?
                    Que me lembre, o Brasil teve um governante no século passado, que além de nos dar uma nova Capital,  trouxe várias indústrias para cá, inclusive a automobilística.  Chegamos até a produzir modelos de carro genuinamente nacionais, como o Aero-Willys. Depois o Brasil mudou, sucateando os modelos nacionais, e rendendo-se ao formato das "feitorias" que produzem carros e caminhões de marcas estrangeiras, servindo ao mercado "B".
                       A indústria passou a ser diferente. Os empresários se acomodaram na produção de carros estrangeiros "made in Brazil".  Como na fábula, cedemos a outrem os direitos de criação. E ficamos muito contentes, ainda que mais pobres...
       
(Fontes secundárias: Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo )

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