sábado, 1 de setembro de 2018

As vãs tentativas de Maduro


                             

         É digno de espanto que um governante de tal medíocridade se mantenha no poder. Essa permanência de Nicolás Maduro e de seu regime, em condições tão negativas, fica um pouco menos difícil de entender dada a eliminação da oposição como força governamental para todos os fins práticos. Também ajuda o ditador o seu controle total de todos os ramos governamentais.
           Por sua vez, os 'altos mandos' do exército são providos dos meios necessários para que não lhes falte recursos - como ocorre com o restante do Povo, seja rico ou pobre - para que a situação lastimável em que vive a grande maioria da gente venezuelana não vá empurrá-los para o dissenso e a criação de condições de reversão no mando do país.
              Agora, a imprensa  fala de medidas tópicas - a incapacidade de Maduro o impede de que tome providências abrangentes, com o condão de reverter essa situação deplorável - como o reajuste do preço da gasolina vendida em 41 municípios fronteiriços com a Colômbia - e dessarte dar-lhe meios de combater o contrabando desse combustível.
                A Petróleos de Venezuela (PDVSA) vem tendo um enorme prejuízo (cerca de US$ 18 milhões), que provém tanto da revenda ilegal do combustível, quanto da política de subsídios, que "barateia" às custas da estatal (o prejuízo estaria entre dezoito milhões de dólares) a distribuição da gasolina.
             Por outro lado, Maduro conta controlar a hiperinflação, através de disposições administrativas (para o FMI a hiperinflação pode chegar a 1.000.000% no curso deste ano)...
                  A par disso, o ditador conta fazer uma espécie de derrama, em termos de tributos mais altos para 140 mil empresas e pessoas jurídicas "que têm riqueza acima da média".
                    Não é possível,como se afigura óbvio, especular sobre os efeitos dessa suposta política anti-inflacionária de Maduro. O passado, seja recente, seja não tanto, nos ensina que as suas medidas em geral tendem a terminar na lata de lixo, não da história, mas da mísera economia venezuelana, sob a ditadura de Nicolás Maduro.

( Fonte: O Estado de S. Paulo,  )

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