sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Fragilização de Bolsonaro e Dinâmica de Haddad


                    
        O criminoso atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro, pela gravidade das lesões sofridas, tem contribuído para a fragilização de sua campanha, ao forçar-lhe a submissão a ulterior cirurgia de recuperação clínica no Hospital Albert Einstein.
           A cúpula bolsonarista, sem a orientação do candidato, está virtualmente paralisada. O maior receio - segundo assinala o Estadão - é de que uma internação mais longa consolide imagem de fragilidade.
             É importante ter presente que a operação de emergência, ao invés de abrir perspectivas do breve retorno do candidato, pode impor limitações de ordem clínica que poderiam prolongar-se até mesmo ao período pós-eleitoral.
              Por conseguinte, o vil atentado de Juiz de Fora retirou Bolsonaro por um espaço indeterminado da luta política. A inquietude nas forças políticas que o apóiam põe na ribalta um prazo de recuperação muito mais longo do que aquele previsto ao cabo da bem-sucedida primeira operação no Einstein.
               Com efeito, a operação de emergência realizada anteontem pode impor eventuais limitações clínicas que  se estenderiam até a terceira cirurgia, a que o candidato Bolsaro teria ainda de submeter-se.
              Já segundo o Estadão, no que tange  à dinâmica de Haddad, ele incorporou o discurso do "nós contra eles" de seu líder Lula.   
                Sem identificar quem são "eles", Haddad pediu  que a militância petista não caia em provocações.  "Eles vão ficar nervosos e nós não podemos aceitar a provocação. Eles ficam nervosos de um lado, e a gente fica cada vez mais calma do nosso, porque estamos do lado da justiça, da soberania do povo, da soberania nacional. Nós estamos do lado do Brasil", afirmou o candidato Haddad.
                 Mas Haddad não caíu na armadilha proposta pelo candidato Ciro Gomes  (PDT), de comparar-se a Dilma Rousseff: "Adotamos estratégia até o final da campanha de só falar de propostas. Então, se você tiver uma proposta dele que você queira que eu comente, eu comento. Esse tipo de ataque pessoal nós não vamos responder".

                   Participou também da caminhada política ao lado de Haddad, a sua candidata a vice, Manuela d'Ávila, do PCdo B., que integra  a chapa petista.

( Fonte:  O Estado de S. Paulo )

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