domingo, 2 de setembro de 2018

O Enterro de John McCain


                    
           Nunca a cerimônia do funeral de um herói nacional trouxe consigo a mensagem - que vai muito além do caráter cerimonial de um enterro - da importância da dignidade da personalidade humana, no contexto tanto existencial, quanto político.

            Por isso,  o enterro de John McCain - que marcara a própria existência pela respectiva valorização não por vontade de projetar-se, mas pela exação do respectivo dever,  seja ao enfrentar um cativeiro que a muitos desmoraliza, e que a ele fê-lo crescer no respeito de seus concidadãos, seja ao trazer a perene mensagem que ele leva para a sepultura, na defesa dos valores do próprio país, seja por tudo o que somou de lisura e de empunhar o pavilhão da honestidade pessoal e da valorização do ideal americano, e do consequente respeito a todos os cidadãos americanos.

              Dignidade e lisura são qualidades que tendem a crescer com o tempo, pois no seu caráter reflexo elas avultam em atitudes de respeito aos concidadãos.
               Por isso, o enterro do Senador John McCain - e será difícil imaginar alguém com mais títulos para ser homenageado sob a majestade do Poder do Povo, refletida pela magnífica rotunda do Congresso americano - foi uma cerimônia que marca época pela própria realização.

                Os Estados Unidos da América, por essa cerimônia, a um tempo majestosa, mas também vestida da simplicidade austera que sói ser o traje marmóreo dos grandes momentos da nacionalidade, homenageia  um herói americano e  um grande cidadão, que pelos seus atos e pela sua coragem, constitui um apanágio perene, que a Nação lhe deve, com ênfase tão raramente observada.  

( Fontes: O Estado de S. Paulo;  O Globo )        

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