sexta-feira, 27 de março de 2015

Rescaldo da Véspera

                                         

Situação do PIB

 
        A previsão do dia anterior apontava para resultado negativo no PIB de 2014.  Na verdade, o resultado divulgado hoje pelo IBGE se aproxima bastante dessa indicação, eis que no ano passado o PIB do Brasil cresceu apenas 0,1%,  o que está muito próximo da estagnação.

 

Desastre com avião da Germanwings

 

         O copiloto Andreas Lubitz, do voo 9525, de Barcelona para Düsseldorf, segundo demonstra a caixa preta, trancou-se na cabine de comando, e impediu o retorno a seu posto do comandante. Este, consoante o registro, procurou abrir o cockpit com um machado. A blindagem dessa porta comprovou-se de ótima qualidade,  mas não exatamente fora da proteção específica a que se destina, i.e. preservar a segurança de piloto e copiloto de eventuais ataques de passageiros.

         A  Germanwings é empresa de voos econômicos, dentro do conglomerado da Lufthansa.

         Motivado pela atitude demencial do copiloto, o desastre levou o suicida e mais o piloto, os comissários de bordo e os passageiros, em um total de cento e cinquenta pessoas. Nesse voo da morte, haveria mais de uma dúzia de países representados.

         Como muita vez ocorre, a falha no sistema de proteção será corrigida, com o consequente aperfeiçoamento do sistema de segurança no futuro.  Se a proteção total contra as eventuais ameaças se afigura teoricamente impossível, a saída será tornar a falha sempre mais estreita e dificultosa.

         Lubitz tinha namorada e vivia em Montabaur,  pequena cidade alemã, de doze mil e quatrocentos e oitenta e seis habitantes, situada no estado da Renânia-Palatinado. Fora comissário de bordo e, com  27  anos de idade, como gostava de voar, logrou obter o  brevet de piloto. No entanto, ocultou da companhia a sua patologia. Para o próprio dia do acidente por ele provocado, tinha do seu psiquiatra atestado médico, o qual foi encontrado amarrotado entre os seus papéis.          

 
Entrevista de FHC

 

         Talvez por causa da discrição do candidato Aécio Neves,  o ex-Presidente Fernando Henrique tem falado amiúde para a imprensa. Em entrevista à Folha,  disse que a Presidente se tornou refém do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

         Nisso o ex-presidente é original, porque hoje se ouve mais que Dilma seja refém do PMDB, e notadamente de Eduardo Cunha e de Renan Calheiros.  O movimento atual de insatisfação popular seria o somatório da corrupção, do estelionato-eleitoral e da economia. Mas no seu entender a corrupção pesou. “Tudo se concentrou simbolicamente no anti-Dilma. Não quer dizer  que  efetivamente queiram tirar a Dilma de lá. Até porque, pela corrupção, não é ela a responsável maior. (Pois) ela herdou. Todo esse sistema que está aí não foi criado no governo dela. Ela tentou se livrar. Demitiu ministro, mexeu na Petrobrás. Agora o povo não percebeu assim. Simbolicamente centrou na Dilma. Ela está numa armadilha.  Não sei se acham que ela é corrupta.  As pesquisas dizem que acham que ela sabia e não fez nada. A imagem da Dilma que fez a faxina sumiu.” (meu o grifo)

 

( Fontes:  Folha de S. Paulo, O Globo, CNN )

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