Situação no Maranhão
Foi necessária
a intervenção do órgão competente da OEA para expor o caráter insustentável da
situação no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que está sob o domínio virtual
de quadrilhas de bandidos. A inspeção do CNJ só contribuíu para expor mais a
ferida.
O patético
sumiço da governadora Roseana não é decerto a resposta devida à crise na
segurança pública no Maranhão e o sinistro império dos assassínios em
Pedrinhas, justamente em local que se presumiria dispor do mínimo de segurança
para os detentos.
Depois, os
ataques desfechados por ordem da bandidagem no presídio na noite de sexta-feira
é apenas nota suplementar acerca da perde de controle de parte da autoridade
estadual sobre o crime, com vinte ônibus incendiados, e os abomináveis
requintes de crueldade, como no caso de criança de seis anos com 98% do corpo
queimado.
Situação no Rio Grande do Sul
O jogo de
empurra é de regra, e esses cárceres se transformam em verdadeiras masmorras
medievais, dignas da aparição de Cesare Bonesana, marquês de Beccaria, a quem como homem do
século das luzes horrorizaria a continuada existência de uma ferida tão óbvia
em nosso sistema prisional. Se o silêncio – e a ausência de eventual visita -
da Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosario, que ainda por cima é
gaúcha, semelha difícil de engolir, se o cotejarmos com o descalabro
circundante, como é que fica?
A Lentidão Brasileira
Não creio que se
deva atribuir ao brasileiro a lentidão na Copa, conforme se lamenta, com o
adendo de dados pessoais, o senhor Joseph Blatter, atual presidente da FIFA.
Pelo menos, não
é característica de sempre, se se tiver presente, que JK e o seu exército de candangos levantou Brasília, no Planalto
Central, em menos de cinco anos. Se construímos a maravilha que impressionou a André Malraux e a tantos visitantes ilustres,
por que diabos nos atrasamos tanto nas sedes para os jogos da ansiada Copa do
Mundo?
Será acaso o padrão Fifa que atrasaria seis das sedes
por terminar, em total de doze. Será a excentricidade de alguns desses locais,
desejada pelo antecessor de Dilma Rousseff, nosso
Guia Lula da Silva? Ou serão as mortes de operários, vítimas de
precárias condições de segurança?
Mesmo em São
Paulo, o Itaquerão teve a sua sinistra colheita, assim como no Amazonas, o estádio
de Manaus.
Lembram-se daquele prometido (por um
subalterno de Herr Blatter) pontapé
no traseiro ? Terá realmente apressado as coisas? E será que a reclamação presidencial terá o
condão de desatar os nós de ‘o país mais atrasado’?
(Fontes: O Globo,
Folha de S. Paulo)
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