Brasil constrói portos em Cuba
Não esquecidos
dos ideais da juventude, tanto Lula da Silva, quanto a sua criatura, Dilma
Rousseff, encaram a ilha do Caribe como o farol perene de suas ilusões juvenis.
Assim, o BNDES – que é pau pra toda obra, e sobretudo para cobrir, na gastança,
muitos investimentos do regime – já forneceu um crédito de US$ 802 milhões,
para a construção do porto (o restante, US$ 155 milhões ficam a cargo de Cuba),
In loco, a presidenta anunciou
investimento suplementar de US$ 290 milhões, de que 85% virão dos cofres do BNDES
(e 15% a contrapartida do regime castrista). Assinale-se, por oportuno, que
Dilma anunciou financiamento que ainda não foi examinado pelo BNDES, e se acha
em negociação em nível ministerial.
Para a
emocionada Presidenta, tal não passa de um detalhe. O BNDES encontrará os
recursos...
Na cerimônia do
porto de Mariel – que seria o maior do Caribe – a exultante Dilma acena, ao
lado de Raul Castro, com pedacinho da faixa da inauguração. Ainda na foto,
posto que não designados, estão Nicolás Maduro, da Venezuela, e Evo Morales, da
Bolívia.
Em seu discurso,
Dilma afirmou que Cuba sofre ‘um embargo econômico injusto’ e comemorou a
reintegração do país a organismos internacionais (‘Somente com Cuba nossa
região estará completa’). Como se não bastasse, o Ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, participaria de cerimônia para marcar o embarque de mais dois
mil médicos cubanos, assim como para assinar acordos para transferência
de tecnologia em medicamentos.
Governo anuncia corte de trinta bilhões de reais.
Mais uma
promessa do Governo Dilma Rousseff, que busca acalmar o mercado, e mostrar um
compromisso fiscal com a contenção orçamentária até o presente não corroborado
pelo comportamento da Administração.
Para passar a
mensagem que a área econômica está comprometida com política fiscal mais
austera, a equipe governamental trabalharia com a hipótese de um corte de
trinta bilhões no orçamento da União.
Dado o
comportamento pregresso da Fazenda (notadamente a contabilidade fiscal inventiva, e a
compulsão nos dispêndios, máxime os gastos correntes e o assistencialismo
desvairado) acredite quem quiser. O
panorama tende a ficar ainda mais enevoado se pensarmos que Dilma adentra um
ano eleitoral, período em que esse tipo de contenção não é muito usual.
Balança Comercial com déficit !
Não importa
que a balança comercial seja o esteio de nossas contas com o exterior. É dela
em geral que as contas do Brasil dependem em grande parte para fugir do vermelho
no fim do ano.
Não obstante,
ao que consta, as coisas não se apresentam bem já neste mês de janeiro. A poucos dias do fechamento do mês, a balança de mercadorias registra um déficit
acumulado de US$ 3,651 bilhões, nas quatro primeiras semanas de janeiro. Há uma
diferença entre as importações (US$ 15,900 bilhões) e as exportações (US$
12,249 bilhões).
O mau
desempenho nas vendas para o exterior se deve sobretudo à crise argentina, com
a queda resultante nas exportações de material de transporte.
Uma das causas
dos problemas do Mercosul está na situação da economia portenha, no governo
peronista de Cristina, viúva de Kirchner. Da crise crônica – que determinava o
contingenciamento larvar das exportações brasileiras para aquele país – se passa
para a crise aguda, com os problemas nas reservas da economia argentina, que
sofre um descontrole mais grave após tantos anos de gastança e de mau
gerenciamento.
(Fontes: Folha de S.
Paulo, O Globo)
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