quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Notícias direto do Front

                                          

Russia  testa míssil de cruzeiro

 

        A despeito de tratado que baniu mísseis de alcance intermediário, assinado em 1987 pelos presidentes Reagan e Gorbachev – que foi instrumental em terminar a guerra fria entre Estados Unidos e Rússia – os serviços estadunidenses detectaram  testes de um míssil de cruzeiro pela Federação Russa.
       Os testes do referido míssil começaram em 2008. Os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte foram informados das experiências, mas a Administração Obama ainda não chegou a uma conclusão sobre o fato de que os testes em apreço constituam violação do aludido Tratado.

      O governo Putin nega, no entanto, que os citados testes configurem uma violação do acordo Reagan-Gorbachev.  De qualquer forma, a lista de questões controversas entre Washington e Moscou tem crescido ultimamente.

     A disputa sobre a legalidade do míssil se agregaria ao mal-estar causado pelo asilo dado por Vladimir Putin a Edward J. Snowden e  a guerra civil na Síria.

 

Ucrânia:  doença do Presidente
  
         Viktor Yanukovych está em licença médica. Tem febre e sofre de enfermidade das vias respiratórias.

         Pelo caráter ab-rupto do afastamento de Yanukovych, a Ucrânia está formalmente acéfala. O Primeiro Ministro, Mykola Azarov, por estar demissionário, não pode substituir, em caráter interino, o Presidente, como prevê a Constituição.
       Nessas condições, a legislação que foi recente votada pelo Parlamento e que derroga a validade de leis anteriores, de arrocho aos manifestantes, por não dispor da assinatura de Yanukovych, ainda não tem validade.

       Cria-se, por conseguinte, uma vacatio legis, que se perdurar por muito, fatalmente irá gerar problemas.

     
O  Fed e o segundo corte nos estímulos

 
        Em decisão já esperada, o Federal Reserve Bank anunciou o segundo corte no seu programa de estímulos à economia americana. Dessarte, em fevereiro próximo, a compra mensal de títulos – antes utilizada para injetar dólares na economia americana em recessão  - será diminuída de US$ 75 bi para US$ 65 bilhões.

          No Brasil, o dólar estadunidense subiu pelo sétimo dia seguido, atingindo R$ 2,435 (alta de 0,35%) e é o maior valor desde 8 de dezembro de 2008 (a crise financeira global, como se recorda, data de meados de setembro de 2008, com a bancarrota do Lehman Brothers).

          A razão da crise nos emergentes é simples:  quanto menos recursos o Fed injetar na economia estadunidense, haverá em consequência menos dinheiro disponível para aplicações em outros mercados.

          No último trimestre de 2013, o incremento foi de 3,2%, o qual, se inferior ao crescimento do verão,  se contrapõe à anêmica taxa do princípio de 2013.

 
Variações nas divisas dos Emergentes            

 
           A Folha fornece uma lista das variações nas moedas emergentes desde 13.09.2012 (quando o Fed anunciou a política de estímulos à economia americana).

           Essa longa relação se subdivide em dois tipos de moeda: (a) aquelas que se apreciaram em relação ao dólar americano e (b) aquelas que se depreciaram.

          Nos tempos de Lula e de Henrique Meirelles no BC o real foi a moeda que mais ,. Com Dona Dilma, a contabilidade fiscal imaginosa e a inflação, isso é coisa do passado (o BC com Alexandre Tombini), e a queda no valor do Real é prova disso.

(A) as que se apreciaram: Lev, Bulgária ( mais 5,82); Novo Leu, Romênia (mais 5,44); Won (Coreia do Sul – mais 5,00; Yuan (RPC – mais 4,54) e Zloty (Polônia – mais 2,52%).

(B)  as que se depreciaram: HongKong – dólar menos 0,13; Taiwan – dólar – menos 2,37; Hungria – forinte – menos 3,12; México – peso – menos 3,39; Colômbia  - menos 10,34; Rússia – menos 11,04; Índia – Rúpia – menos 12,43; Chile – peso – menos 14,02; Brasil – real – menos 17,07; Turquia – Lira – menos 19,49; Indonésia – Rúpia – menos 21,34; Africa do Sul – Rand – menos 25,89; Argentina – peso – menos 41,98.

       A crise da economia argentina, decorrência do desgoverno de Cristina Kirchner, a coloca em último lugar entre os emergentes. Note-se que o BRICS África do Sul está em penúltimo e o Brasil em undécimo lugar nas moedas que se estão depreciando.

 

(Fontes:  O Globo; The New York Times; Folha de S. Paulo)

Nenhum comentário: