Acordo com o Irã
O Irã se
compromete a limitar o grau de enriquecimento do urânio ao teto de 5% (que é o
nível para uso medicinal e produção de
energia). O estoque mantido pela
República Islâmica do Irã, com o grau de 20% deverá ser neutralizado, eis que é
suscetível de utilização na produção de arsenal nuclear.
Por sua vez, os
Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China se comprometem a
não adotar nenhuma nova punição e a suspender algumas sanções ao comércio
iraniano. Por sua vez, o Irã terá acesso a US$ 4,2 bilhões que estão
bloqueados, em função das sanções anteriores, e que são rendimentos advindos da
venda de petróleo.
A posição
moderada do governo do novo presidente Hassan Rowhani possibilitou ao Irã
concessões antes impensáveis de parte das potências ocidentais. O Ocidente
afinal concordou em não forçar mudanças no apoio a Bashar al-Assad de parte de
Teerã.
Há um corredor
aéreo – através do Iraque hoje xiita graças à intervenção americana de George
W. Bush... – que, embora assaz dispendioso para o Irã, tem sido mantido, pela
convicção dos ayatollahs da
importância estratégica de manter Assad em Damasco.
Nesse contexto,
o Hezbollah foi convencido a tornar-se aliado do regime alauíta, e o Irã tem
mandado armas, assessores técnicos etc. para a Síria de Assad. Dado o seu
caráter xiita, não surpreende que o Hezbollah venha participando da guerra
civil na Síria. Se Assad fosse derrubado
– hipótese bastante plausível há um ano atrás – o ramo sunita do islamismo se
tornaria senhor da Síria, uma situação estratégica que colocaria em maus
lençóis a milícia do clérigo Nasrallah.
Desde então,
pela fraqueza de Barack Obama, a consequente falta de apoio para a Frente
Rebelde, e o crescimento do ramo radical sunita (aparentado a Al-Qaida)
modificaram fundamente o panorama estratégico da Guerra Civil na Síria. Além de
ser um desastre para a população síria, com o incremento exponencial do número
de refugiados (e a desestabilização de países fronteiriços, como o Líbano e a
Jordânia), o novo avatar desse conflito contribui para a estagnação dos
diversos campos (Assad, Frente Rebelde, Al-Nusra) e uma preocupante situação
sanitária na região.
O que era
poupança do depositante virou, portanto, lucro da Caixa, e depois da usual ávida
bocada do Leão, o dinheiro passou a ser da Caixa !
O Banco
Central, no cumprimento de seus deveres estatutários, descobriu a
operação e a duvidosa declaração de que a vultosa soma passara a constituir
lucro da Caixa !
Segundo noticiado por O Globo – no que parece comunicado do Planalto – “o governo montou uma operação emergencial para esclarecer a população sobre o episódio da incorporação do saldo de cerca de quinhentas mil contas da caderneta de poupança ao lucro da Caixa Econômica Federal em 2012.”
Mas o mais interessante
do comunicado vem a seguir : “Preocupada com a repercussão do caso, a presidente Dilma Rousseff cobrou explicações (sic) do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Dilma mandou que ficasse claro que nenhum
poupador seria prejudicado.”
Algum leitor
incauto pode ficar com a impressão de que o responsável pela confusão é o
presidente Tombini, do Banco Central. Não
parece um tanto esquisito que se cobrem explicações de uma instituição que está
estritamente cumprindo o seu dever de fiscal dos bancos ?
Em outro
mundo, a estranheza da Presidenta deveria dirigir-se aos companheiros da Caixa, cuja direção resolveu transformar em lucro
os depósitos de 496.776 correntistas. Consoante explicado pela Caixa, sem conseguir
contactar os quase quinhentos mil correntistas da caderneta de poupança – que
teriam cadastros irregulares e que não movimentavam as contas – o banco
registrou o total dos depósitos – e não é pouco não, dado o montante de R$ 719
milhões - como receitas em seu balanço !
(Fontes: Folha de
S.Paulo, O Globo)
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