quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Diário da Mídia (XXIX)

                                    

Articulação em Pernambuco


        A ASA (Articulação do Semiárido Brasileiro) divulgou nota informando que não faz e não promove comícios, e que suas manifestações de rua são caracterizadas como atos públicos. Acerca do evento de Petrolina, a Asa  reconhece que “bancou a água, o som e a infraestrutura do ato com recursos próprios”, mas que o transporte foi providenciado por sindicatos, ONGs, associações e cooperativas que fazem parte do movimento. Por isso, afirma desconhecer quanto custou o aluguel dos ônibus.

        Segundo notícia de O Globo, a ASA, só em 2014, recebeu em repasses feitos pelo Governo federal  R$172,8 milhões (nos últimos quatro anos recebeu R$ 587,3 milhões do governo federal).

        No horizonte, há uma polêmica jurídica, que os advogados do PSDB estudam. Consoante Michael Mohallem, professor de Direito da FGV Rio: “A lei proíbe a doação de entidades de classe e sindicatos para campanha. Existem (contudo) interpretações para os dois lados. Um lado vai dizer que foi despesa de campanha, porque o transporte foi a serviço da campanha. O outro lado vai dizer que não, porque o apoio financeiro foi para pessoas que foram apenas assistir ao comício. Mas, se ficar comprovado que eram cabos eleitorais, é algo claramente proibido pela lei.”

 

Governo segura divulgação de dados

 

          Numa amplitude nunca antes vista neste país (com licença, Lula) o Governo federal retendo vários dados de informação sobre a realidade nos campos da educação e de tributos (sem falar em desmatamento da Amazônia, já referido anteriormente).

          No que respeita à educação, tradicionalmente até agosto  o Ministério da Educação apresenta os resultados de exame nacional aplicado, a cada dois anos, a mais de sete milhões de alunos.

          Por elementos secundários, é possível estimar que os estudantes do ensino médio tenham tido notas piores na prova nacional, mas menor reprovação nas escolas.

          Por outro lado, o IPEA, cuja autonomia se viu contestada pelo seu aparelhamento pelo PT, teve a divulgação postergada de estudo em que se analisa o número de miseráveis no país.  Um diretor do órgão, que discordou do engavetamento do aludido estudo – que presumivelmente teria apontado o aumento do número de miseráveis no país (o que se choca com a propaganda de Dilma Rousseff) – chegou mesmo a pedir afastamento do IPEA.

          Esse mesmo procedimento de ocultação de dados ocorreu no que tange à divulgação das estatísticas sobre desmatamento da Amazônia. Ao contrário da prática usual – divulgação dos dados a cada mês – por estranhas razões os dados do desmatamento só serão divulgados depois das eleições...

 
Dilma e FHC


          Em entrevista à Folha, FHC disse: “Nunca ataquei a Dilma pessoalmente. Discuto a política dela. Eu fiquei um pouco, digamos, entristecido de ver até que ponto a ambição pelo poder leva as pessoas a dizerem o que não creem. Ela não pode acreditar no que está dizendo. É verdade que nós fizemos a estabilização, que iniciamos os programas sociais. Dizer que não, para ganhar a eleição, me entristece. Que o Lula diga, não me incomodo. Ele diz qualquer coisa, é ‘macunaímico’.

           Perguntado pelo repórter sobre a comparação feita por Lula dos tucanos com os nazistas, FHC disse: “Ele deu declarações  no passado de que tinha admiração pelo Hitler (Lula admirava a obstinação do líder nazista, não sua ideologia). Vou chamar o Lula de nazista por isso? Ele é inconsequente, diz qualquer coisa.”

 

Mais de FHC e Lula



             Para o ex-presidente, Lula seria ‘arauto da tragédia’ e Dilma, candidata ao Nobel da Incompetência.

             Por sua vez, o ex-presidente Lula chama Aécio de ‘filhinho de papai’ e torna a criticar FHC...

  

 
Bolsa e Dólar: índices às avessas

 
            A vitimização de gerente do Santander ([1]) pelas suas observações no que tange à alta do dólar e a queda na bolsa (que por instigação de Lula, lhe valeram o desemprego) continua a funcionar com a aparente mudança dos ventos eleitorais, agora favorecendo Dilma.

            Não é que a perspectiva de vitória da Presidenta elevou a cotação do dólar americano para R$ 2,50, e ainda por cima zerou os ganhos do Ibovespa neste ano, com a queda dos últimos pregões em São Paulo?         

 


( Fontes:  O  Globo, Folha de S. Paulo, Site de O Globo )



[1] Funcionária do Santander, com nível de gerente de carteira, foi posta na rua pelo banco a instâncias do ex-presidente Lula, que discordava de seu comentário em mensagem para correntistas preferenciais.

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