Para
tudo existe uma hora, e quero crer que ela já chegou para a gente brasileira.
Uma vez mais, o nosso Congresso terá de examiná-la, para pôr fim a esse
desgoverno, e encarregar alguém com autoridade bastante para tratar dos
inúmeros problemas, que a ruinosa gestão do presidente Jair Bolsonaro vem criando, desde o seu desentendimento com o então
Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Bolsonaro afastara, por motivos mesquinhos, o Ministro Mandetta, da Pasta da Saúde, em que o seu exitoso procedimento parecera a muitos o real motivo de tal ruinosa decisão. Gozar de ótima aceitação junto ao Povo brasileiro pareceu a muitos a causa real de tão inoportuna decisão.
E
as consequências para o Povo brasileiro não poderiam ser piores. Com a imprudente
decisão de interromper a política de isolamento, considerada como o melhor
deterrente para o letal contágio do vírus, e que nos vinha proporcionando bons e
auspiciosos resultados, eis que com a
estouvada determinação de "flexibilizar" o isolamento social,
favorecida pelo presidente Bolsonaro - o
filósofo do e daì ? -e, ipso
facto seguida por seu novel ministro Nelson
Teich, não é que, oh surpresa!, o Brasil torna a registrar cerca de mil
mortos por dia na
macabra conta da covid-19.
O exemplo de Frau Merkel na Alemanha, em que tal país registra, graças ao isolamento social -, as melhores estatísticas em termos de redução de mortes causadas pelo coronavirus, política que era praticada, de resto, pela equipe do Ministro Mandetta - assegurou que os estudantes alemães pudessem retomar os estudos, mas tais bons modelos não entram em certas cabeças, como infelizmente foi o caso para o pretexto da exoneração de Mandetta.
De resto, os problemas com Bolsonaro se vêm agravando em uma série de fronts, com as suas decisões irrefletidas (como aquela que motivou a oportuna decisão negativa do Ministro Alexandre de Moraes, ao barrar a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da P.F.). Como se tal não bastasse, Bolsonaro se tem recusado a entregar à Justiça Federal de São Paulo "os laudos de todos os exames" realizados para verificar se foi contaminado pelo novo coronavirus. Por causa disso, a Juíza Ana Lúcia Petri Betto de São Paulo deu mais 48 horas para que ele entregasse os laudos em tela.
Essa
decisão foi tomada depois de o governo enviar nesta quinta-feira relatório
assinado por dois médicos da Presidência em 18 de março informando que
Bolsonaro estava assintomático e havia testado negativo para a doença naquele momento...
Diante de tais exemplos, semelha que o castelo
de cartas das defesas do presidente não tardará a cair por terra.
(Fonte:
O Estado de S. Paulo)
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