O
descontentamento
popular com a gestão pelo governo do presidente
Vladimir Putin, na Rússia, caíu ao
seu nível mais baixo em vinte anos, segundo informa o principal centro de pesquisas
independentes do país, o Levada Center.
Na
quarta-feira, a Federação Russa se tornou o quinto país na Europa mais afetado
pelo coronavirus,depois de registrar
mais dez mil novos casos de contágio pelo quarto dia consecutivo. Segundo
estatísticas oficiais, o país relatou 10,599
novas infecções nas últimas vinte e quatro horas, e tem, por conseguinte, 165.929
pessoas contaminadas e 1.537 mortes.
Em consequência, o índice de aprovação
de gospodin
(senhor) Putin, o homem forte do
regime, caíu para 59%, em abril, quatro pontos a menos que em abril último, e onze pontos, mais baixo do
que em outubro.
É
muito longe do apoio de quase noventa por cento que desfrutara com a (ilegal)
anexação da Crimeia, em 2014 (que o regime, então de Dilma Rousseff, não se pejou
de aprovar, apesar de flagrantemente contrária ao Direito Internacional Público
e aos princípios da Diplomacia brasileira, segundo o imortal exemplo do Barão de Rio Branco, com as suas repetidas e memoráveis vitórias em arbitragens internacionais sobre
as nossas aquisições territoriais, ganhas por adjudicação de territórios outorgados
por árbitros internacionais
de nomeada, livremente escolhidos pelas Partes que se julgavam com direito aos
referidos territórios em litígio. A tal respeito, me permito sinalizar o
memorável artigo "Os perigos do
revisionismo territorial",dos professores Monica Herz e João Nogueira (Instituto de Relações
Internacionais da PUC-Rio), publicado a três de maio de 2014, pelo jornal O
Globo.
Nesse contexto, nunca será inoportuno sinalizar excerto do artigo sob
referência:
"A complacência brasileira diante
da intervenção na Crimeia em abril (de 2014) compromete a credibilidade de
uma política externa que tradicionalmente, se pauta pela defesa dos princípios
da igualdade e da não-intervenção".
(
Fontes: Estado de S. Paulo e arquivo
pessoal)
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