Como assinala na sua
coluna, a brilhante colunista de O Estado
de S.Paulo, Eliane Cantanhêde, quanto mais perdido na
Presidência, mais Jair Bolsonaro parte para ataques e demonstrações de força,
na tentativa de transferir para as instituições e culpar os governadores pelos
próprios erros, e assim dividir o ônus das múltiplas tragédias que assolam o
Brasil.
Este blog já se manifestou bastante
sobre a súbita queda do ministro Mandetta, que a muitos
pareceu 'castigado' pela sua aceitação popular, e consequente aplicação do
indispensável isolamento social, que
é a única maneira de evitar tragédias como as da Lombardia, na Itália, da
Espanha e a de New York. Já sob a direção do ministro Teich, na Saúde - que se mostrara propenso à
"política" que não é a do isolamento social, na verdade a única
aplicada pelos países que têm conseguido controlar as hecatombes do coronavírus
- e que partiu para o inverso, provocando muita preocupação e inquietude nos
nossos vizinhos (Argentina, Uruguai e Paraguai) como já referi nesse blog.
O que se poderia qualificar no que
representa tristemente da anti-política de Bolsonaro, é passível de ser
epitomizada na agressiva e por que não? repulsiva pergunta do "E daí ?". Como escreve a tarimbada Cantanhêde,
que hoje escreve no Estadão, como ontem se assinalava na Folha de S. Paulo: "Os
mortos vão chegando a dez mil e os sistemas de saúde e funerário entram em
colapso, mas a prioridade do presidente não são a doença e as mortes. 'E
daí?' A História vai lhe cobrar um alto
preço."
Pouco se poderia acrescentar à descrição da equipée[1]
presidencial de atravessar a pé a Praça dos Três Poderes, com empresários e
ministros para pressionar o Supremo no sentido oposto ao que defendem o ex e o atual Ministro da
Saúde ?
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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