O
Procurador-Geral da República, Augusto Aras, pediu ao Ministro do Supremo Edson Fachin, que
suspenda o inquérito das fake news,
por
meio do qual políticos, empresários e ativistas bolsonaristas foram alvo de
mandados de busca e apreensão nesta quarta feira, dia 27.
No
aludido parecer, Aras diz que a PGR
"viu-se surpreendida com notícias na grande mídia de terem sido
determinadas dezenas de buscas e apreensões e outras diligências,contra ao
menos 29 pessoas, sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão
de persecução penal (no caso, a própria PGR)".
A
manifestação em tela se deu em processo
anterior ajuizado pela Rede contra o inquérito - e que tramita no gabinete de
Fachin, e não no de Alexandre de Moraes.
Em
tal sentido,Aras pede que a suspensão se dê antes que o plenário do STF decida o mérito da ação proposta pela
legenda e defina "os contornos" da apuração.
Também reagiu o governo Bolsonaro, criticando decisão do ministro do Supremo Alexandre de
Moraes e prepara um contra-ataque. O
presidente reuniu a sua equipe de ministros e avaliou a investigação contra
aliados como"absurda" e
"desnecessária".
O ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou que é
garantido a todos "o inalienável direito de criticar seus
representantes e instituições de
quaisquer dos Poderes" e "ampla imunidade" de parlamentares por
suas "opiniões, palavras e votos".
"Intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atentado à própria demo-cracia", afirmou o
ministro Mendonça em nota.
Nesse sentido, o governo Bolsonaro
definiu que a primeira medida a ser tomada é um pedido a AGU de habeas corpus para
que o ministro da Educação, Abraham
Weintraub, não preste depoimento ao STF. Ele foi intimado no mesmo
inquérito que apura o disparo de fake
news por aliados do presidente.
A ideia seria ingressar com o habeas corpus para impedir a prisão ou outra medida cautelar contra
o ministro no caso de ele se recusar a cumprir a determinação do STF de prestar
depoimento.
Na reunião em tela também foram discutidas outras iniciativas de
resistência, mas ainda não se chegou a uma definição. Entre eles, está sugestão de que o ministro
do GSI Augusto Heleno não acate nenhum pedido de diligências no âmbito de um
pedido de impeachment contra o ministro,
que foi apresentado ao tribunal e é relatado por Celso de Mello.
O núcleo ideológico defendeu que o presidente insista mais uma vez na
nomeação do delegado Alexandre Ramagem
para o comando da Polícia Federal. Alexandre de Moraes, como se sabe,
suspendeu a posse do amigo do presidente
no mês passado...
(
Fonte: Folha de S. Paulo )
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